Com o novo ano prestes a começar é chegada a hora de fazer o planeamento para os próximos 12 meses. Seguindo a tradição, reunimos as melhores dicas financeiras para 2021, para ajudá-lo a cumprir os seus objetivos e fazer crescer as suas poupanças.
Lembre-se que, mais do que qualquer outra coisa, é importante manter estas dicas presentes ao longo de todo o ano. Adotá-las nos primeiros meses é ótimo, mas só mantendo a fidelidade a estes princípios é que vai conseguir chegar ao fim do ano com um saldo positivo e uma sensação de satisfação e dever cumprido.
6 dicas financeiras para 2021 para tomar nota
1. Planeie tudo
Parece uma dica óbvia, mas é muito comum vermo-nos confrontados com despesas ao longo do ano que, a bem da verdade, podíamos ter previsto e não previmos. Assim, o primeiro objetivo para 2021 é planear tudo – mesmo tudo.
Sente-se com um bloco de notas e uma caneta na frente (ou um portátil, claro) e aponte todas as despesas que pode ter ao longo do ano. Sim, dissemos “despesas que pode ter” e não “despesas que terá”. Parecendo que não, é muito diferente.
O seu filho vai precisar de uns óculos novos? Se calhar não. Mas pode precisar? Pode: a maioria das doenças dos olhos só estagnam na vida adulta, os óculos partem com facilidade e pode ter de atualizar a graduação. Então, o melhor é contar com isso quando fizer o seu planeamento: guarde uma fatia do orçamento para uns óculos, caso venham a ser necessários.
Falamos de óculos como falamos de qualquer outro tipo de despesa que, não sendo para já previsível que aconteça, é possível que venha a verificar-se: tratamentos e cuidados de saúde, próteses e ortóteses, reparações do carro, arranjos na casa…
Planear ao detalhe coisas que podem nem acontecer pode parecer-lhe exagerado, mas é certo que o livrará de muitas dores de cabeça nos momentos mais críticos. Além disso, se o pior não acontecer, o dinheiro que guardou vai estar lá no final do ano: pode juntá-lo à poupança ou até guardá-lo para incluir no planeamento do ano seguinte, que assim se torna mais folgado. Na verdade, não tem nada a perder.
2. Faça um inventário
Sabe exatamente tudo o que tem, tudo o que deve, tudo o que ganha e tudo o que gasta? O mais certo é que a resposta seja negativa, sobretudo se considerarmos o casal em vez de cada elemento individualmente.
Incluir a inventariação nas dicas financeiras para 2021 é uma forma de lhe dizer que não sabe o dia de amanhã. E se acontecer alguma coisa? E se um dos elementos do casal falecer? Se ficar incapacitado? É muito importante que os dois estejam a par do que possuem e do que devem, para evitar más surpresas.
Claro que tentamos sempre não pensar no pior, mas não custa nada prevenir. Anote tudo direitinho e converse com quem partilha a vida consigo: os dois vão um dia agradecer esse cuidado.
3. Reavalie as despesas fixas
Ano novo é sempre uma boa oportunidade para revisitar bancos e seguradoras para ficar a par das novas ofertas. Saiba se continua a pagar pelas melhores opções ou se já existe mais barato, e faça por atualizar a sua carteira de coberturas. Pode poupar uns euros simpáticos.
4. Reavalie os seus seguros
Dicas financeiras para 2021 sem referência aos seguros era quase impossível. Neste caso, e porque já falámos de olhar de novo para os preços, vamos focar-nos nas coberturas. Os seguros só valem a pena se cobrirem as nossas necessidades, e essas vão sofrendo alterações ao longo do tempo – as necessidades que tinha há três anos podem não ser as mesmas que tem hoje.
Assim, pense no que planeia para a sua vida no ano que agora começa e avalie de que forma os seguros que tem se enquadram nesses planos. Por exemplo, se está a pensar acrescentar um novo membro à família, é boa ideia rever o seguro de saúde e incluir cobertura com parto, cesariana e internamento. Se os seus dentes já estão a dar sinal de que vão precisar de arranjo, convém garantir antecipadamente que o seguro vai cobrir a ortodontia.
Ao reavaliar os seguros, pense sempre no futuro distante. Não se esqueça de que quase todos têm período de carência, por isso só valem a pena se forem subscritos com antecedência.
5. Invista
Este não é um bom momento para ter o seu dinheiro parado no banco, menos ainda para aplicá-lo em contas poupança e depósitos a prazo. A Euribor esteve baixa nos últimos meses e não ameaça um aumento brusco para este ano, por isso os juros não vão ficar muito melhores nos próximos 12 meses.
Evite aplicar o dinheiro em produtos financeiros pouco rentáveis e, se puder, tente investir noutras áreas, como ações de empresas ou negócios.
Se, ao falarmos de investimento, está a pensar no imobiliário, o nosso conselho é que páre por aí: a bolha já cresceu o que tinha para crescer. Os preços, apesar de altos, têm abrandado no crescimento – e após uma subida vem uma descida. Investir agora em imobiliário significaria aplicar muito dinheiro em algo que, em breve, vai desvalorizar e fazê-lo perder dinheiro.
6. Cumpra o orçamento
Nem devia ser preciso incluir esta nas dicas financeiras para 2021, mas cá vai: mantenha-se fiel ao seu orçamento e não gaste para além do que estava planeado.
Para poupar é preciso disciplina, mas não apenas disciplina a guardar dinheiro – também é preciso ter disciplina no respeito pelo dinheiro que está guardado. Se conseguiu poupar algum valor e tem um pé de meia interessante, não caia no erro de lhe mexer sob pretexto nenhum, porque deita tudo a perder. Mantenha-se focado no agora e faça de conta que a poupança não está lá.
É certo que, com o avançar do ano, novas dicas vão surgir, até porque os mercados vão evoluir e todos procuraremos adaptar as nossas estratégias ao caminho que eles tomarem. No entanto, este deve ser o seu ponto de partida para o ano que agora começa: abra espaço para a sua estratégia e mantenha-se focado no respeito que tem pelo seu dinheiro.