O dinheiro é, provavelmente, um daqueles assuntos mais amados e odiados. Talvez porque tem o poder de mover o mundo (para o bem e para o mal) e tudo lhe parece subjugar-se.
Fantasiamos muito sobre o nosso sucesso financeiro, em enriquecer, e qual de nós nunca disse “se eu ganhasse o euromilhões fazia isto e aquilo”. Mas, até que ponto estamos comprometidos moralmente com o dinheiro? Já parou para pensar ou sequer verbalizar o que é que significa verdadeiramente para si ou qual o lugar que ocupa na sua felicidade?
Sim, faz-nos falta, mas para suportar as despesas do dia-a-dia, para pagar as contas ao final do mês ou para qualquer eventualidade. É por isso que trabalhamos arduamente.
Dinheiro: 3 dicas para quem quer enriquecer
1. Pense pela sua própria cabeça
A nossa matriz judaico-cristã ensinou-nos que o que ganhamos deve ser fruto ou estar à medida do nosso trabalho árduo, no nosso esforço, do nosso sacrifício.
Sim, está a pensar que, se assim fosse, estaríamos todos ricos. Contudo, este tipo de pensamento pode influenciar negativamente a forma como o dinheiro “aparece” nas nossas vidas.

Há tempos, numa conversa com o CEO de uma empresa de sucesso, falávamos exactamente sobre isto – a forma como as pessoas não aceitam ou receiam enriquecer.
É certo que a conversa tinha outros contornos, mas na generalidade, a falta de informação sobre o que fazer ao dinheiro – se de repente ganhássemos a lotaria, o euromilhões ou fechássemos um negócio vantajoso – e mesmo a forma pouco natural com que abraçam o dinheiro nas suas vidas, impede-as muitas vezes de enriquecerem. Partilhava, curiosamente, que é, no fundo, uma questão de energia.
Fomos educados a olhar para o dinheiro como se fosse a raíz de todo o mal – associado, historicamente, aos vendilhões do templo.
Talvez seja mesmo esta mentalidade que nos impede de enriquecer. Conscientemente ou não questionamos: será que mereço este dinheiro? Que fiz exactamente para merecer este sucesso financeiro? Será que, em contrapartida, vou ser “castigado” por tê-lo?
2. Descubra de quanto (e para quê) precisa?
Tal como em Alice no País das Maravilhas, “se não sabe onde quer chegar, qualquer caminho serve”. Saiba qual é o seu número e persiga-o. Tente perceber, e de forma consciente, para que é que quer o dinheiro exactamente e mantenha o foco.
Note que, neste caso, o nosso principal inimigo é o ego. A nossa necessidade de reconhecimento social transforma-nos em consumidores compulsivos e riqueza não é sinónimo de ostentação. Será que um carro topo de gama, uma casa na praia, roupa de marca é o que verdadeiramente precisa? Ou criará apenas uma sensação de prazer efémera?
3. Não seja excessivamente optimista e organize as suas finanças
A confiança em excesso é o que nos faz ignorar os riscos. “Vive hoje como se não houvesse amanhã” é uma espécie de mantra.
Não se esqueça que a sua saúde financeira depende muito do seu equilíbrio emocional – até porque se este mantra guia o seu comportamento, prepare-se para perder muito dinheiro.
Portanto, organize as suas finanças e não o gaste de forma supérflua. O dinheiro só gosta de quem gosta dele.
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