Teresa Campos
Teresa Campos
31 Mar, 2020 - 16:41

Saiba quais são as doenças ginecológicas mais frequentes

Teresa Campos

Fique a saber quais são as doenças ginecológicas mais frequentes e como lidar com elas em isolamento. Cuide de si e da sua intimidade.

procedimentos para uma boa higiene íntima

Há problemas exclusivos do organismo feminino que podem manifestar-se de diferentes maneiras e ter várias consequências. As doenças ginecológicas mais frequentes são exemplos de alguns desses problemas e são os motivos que mais vezes levam as mulheres ao ginecologista.

Estar atento aos seus principais sintomas e apostar na prevenção são maneiras de evitar que estas doenças ginecológicas mais frequentes evoluem e se transformem em problemas de saúde ainda mais graves e complexos. Portanto, não adie mais a ida ao ginecologista, se sente que algo não está bem com a sua saúde íntima feminina.

Saiba quais são as doenças ginecológicas mais frequentes

Estar em isolamento em casa não pode ser sinónimo de descurar a sua saúde. As doenças não escolhem hora para se manifestar e, mesmo estando recolhido no conforto do seu lar, há pequenos incómodos que podem surgir.

As doenças ginecológicas não são exceção. Além disso, um contexto de algum stress (como aquele em que vivemos) pode potenciar alguns destes problemas de saúde, os quais, por vezes, têm mesmo origem em aspetos psicológicos. Portanto, mantenha-se vigilante e, se necessário, agende uma videoconsulta com um especialista.

Corrimento Vaginal

Um problema muito comum a muitas mulheres, ao longo da sua vida. Apesar de incómodo, nem sempre esse fluxo genital é sinal de doença ou infeção.

Todas as mulheres possuem uma secreção vaginal fisiológica. Ela pode ser mais ou menos intensa, em função de aspetos hormonais, orgânicos e psicológicos.

Já as “vulvovaginites” caraterizam-se por um aumento do fluxo vaginal associado a prurido (coceira), dor ou ardor ao urinar e sensação de desconforto pélvico. As três principais causas para este problema são: vaginose bacteriana, candidíase vulvovaginal e tricomoníase.

Mulher com diarreia

Vaginose Bacteriana

Carateriza-se por uma diminuição dos lactobacilos e um crescimento de bactérias, principalmente a Gardnerella vaginalis. Os sintomas são corrimento vaginal com odor fétido e cor branco-acinzentado, aspeto fluido ou cremoso. O tratamento é feito à base de antibiótico.

Candidíase Vulvovaginal

É uma infeção da vulva e da vagina, causada por um fungo da mucosa vaginal e digestiva. É a segunda causa mais comum de corrimento vaginal. Algumas circunstâncias que potenciam este problema podem ser: gravidez, diabetes, obesidade, uso de anticoncecionais orais, de antibióticos ou corticóides, hábitos de higiene e vestuário inadequados e contacto com substâncias alérgenicas ou irritantes.

Os seus sintomas mais comuns são: prurido (coceira), ardor ou dor na micção, corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto caseoso (“leite coalhado”), vermelhidão e edema vulvar, fissuras e maceração da vulva, dor durante a relação sexual, fissuras e maceração da pele e vagina e escoriações de coçadura. O tratamento é feito com antifúngicos.

Tricomoníase

Trata-se de uma infeção causada pelo Trichomonas vaginalis. O principal sintoma é um corrimento abundante, amarelo ou amarelo-esverdeado, mal cheiroso e bolhoso. Além disso, há outros sinais inflamatórios como: ardência, vermelhidão e edema vulvar e vaginal, prurido vulvar e, às vezes, dor ao iniciar a relação sexual. O tratamento é feito com antifúngicos orais.

Infeção urinária

A infeção da bexiga é, normalmente, causada pela bactéria E. Choli. Para prevenir, deve limpar-se sempre com o papel higiénico de frente para trás, tomar bastante água, não reter a urina, ter hábitos regulares de higiene e evitar roupas muito apertadas.

Candidíase

A candidíase pode causar coceira intensa, corrimento esbranquiçado ou amarelado espesso, ardor ao urinar e nas relações sexuais. Uma baixa imunidade do organismo pode propiciar o aparecimento deste problema, sendo mais comum quando se toma antibióticos, anticoncepcionais, corticóides e em mulheres diabéticas e portadoras de HPV.

Para prevenir deve vigiar a sua saúde, ter a glicose controlada e evitar as roupas apertadas.

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Endometriose

Esta doença carateriza-se pela presença do tecido do endométrio fora do lugar que é suposto. Alguns dos sintomas podem ser: cólicas menstruais fortes, diarreia, dor pélvica crónica, dor nas relações sexuais. Uma das consequências desta patologia pode ser a infertilidade.

O tratamento pode passar pelo uso de anticoncecionais ou cirurgia.

Dores menstruais

Mioma uterino

O mioma uterino é um tumor benigno, composto por tecido uterino. Alguns dos sintomas podem ser hemorragias com coágulos, cólicas intensas, aumento do útero, dor na relação sexual e infertilidade.

Ovários Policísticos

Este distúrbio carateriza-se por ovários com grandes quantidades de folículos iniciais, o que pode provocar infertilidade ou ciclos menstruais irregulares. Os principais sintomas são: dificuldade em engravidar, diabetes.

HPV

O Papiloma Vírus Humano ou HPV é uma doença sexualmente transmissível. Os seus sinais podem ser verrugas nos genitais que podem evoluir para cancro no colo do útero. Duas formas de prevenir este problema é usar preservativo durante o ato sexual e fazer regularmente uma citologia/papanicolau.

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