Dornes é uma terra onde o encantamento e o mistério se entrelaçam, numa inesquecível lição de história e natureza. Situada numa península rodeada pelas águas do Zêzere, é uma das mais belas e preservadas vilas em Portugal, repleta de cultura e tradições religiosas.
Um dos casos mais marcantes será o dos Círios de origem medieval e as romarias que arrastam muitos curiosos. E depois, claro está, há a paisagem.
Dornes está enquadrada numa moldura paisagística única, entre o rio e as serras, ideal para momentos de reflexão, relaxamento ou simples observação da natureza.
Ótimo para famílias e grupos de amigos, Dornes oferece ainda agradáveis passeios a pé e de barco, banhos no rio e atividades aquáticas. Usufrua da sua calma para relaxar e divirta-se com o muito que pode descobrir nesta localidade.
Dornes: jornada na península encantada
A “vila” de Dornes fica em Ferreira do Zêzere e é também conhecida como Península Encantada ou Terra Mítica dos Templários.
Esta pequena povoação situa-se, efetivamente, no topo de uma península, a qual é contornada pela albufeira do rio Zêzere e exibe no cimo a Torre Templária de Dornes. Trata-se de uma torre defensiva pentagonal, única no nosso país.
Acredita-se que Dornes será uma povoação anterior à fundação da nacionalidade, o que se parece confirmar a partir das escavações arqueológicas realizadas no local.
O que visitar?
Dornes possui um legado histórico invejável e não é por acaso que foi considerada uma das 7 Maravilhas de Portugal – Aldeias.
Terra de lendas e mistérios, as suas histórias incluem a Rainha Santa que foi sua peregrina, os grão-mestres da enigmática Ordem dos Templários e muitas mais memórias, plenas de fantasia e curiosidades.
A nossa sugestão é que comece por percorrer as ruelas empedradas da povoação, ruas estreitas de casas de xisto, disfarçadas pela cal ou tinta branca. Depois, siga até ao Templo de Nossa Senhora do Pranto.
Templo de Nossa Senhora do Pranto
Branca por fora, esta igreja em Dornes surpreende no interior pela sua riqueza e magnífico órgão de tubos. Trata-se de um templo ainda muito frequentado, sobretudo em alguns momentos do ano, como nas peregrinações.
Digno de registo é ainda o púlpito renascentista, datado de 1544, formado por cinco fiadas de rosetas tendo por centro a Cruz de Cristo.
Torre Pentagonal de Dornes
Esta torre sineira e templária exibe um formato particular e a sua cor contrasta com a alvura da igreja. A torre templária de Dornes surpreende pela invulgaridade da forma, as suas cinco faces tornam-na um exemplar raríssimo da arquitectura militar dos tempos da Reconquista.
Edificada por Gualdim Pais para defesa da linha do Tejo, foi construída sobre a base de antiga torre romana, garante da segurança para a exploração do ouro que aquele povo fazia no Zêzere.
Embarcações
No cimo da aldeia de Dornes, junto à estrada, encontra-se um barco de três tábuas que testemunho uma arte em vias de extinção: a arte da construção das embarcações que, outrora, animavam o rio Zêzere.
Praia fluvial
Especialmente nos meses mais quentes, vale também a pena ir até à Praia Fluvial e à Cascata do Penedo Furado, onde pode usufruir de paisagens magníficas, num cenário natural único e, naturalmente, mais fresco.
Onde comer em Dornes?
Em Dornes, são dois os espaços de eleição para fazer as suas refeições: o restaurante Fonte de Cima e o café O Rio.
Neles, poderá provar os pratos típicos da região, assim como deliciar-se com os produtos locais. O peixe do rio frito, o lagostim do rio ou a carne de porco com amêijoa do rio são algumas das iguarias à disposição.
Já o mel está muito presente nos doces regionais e sobremesas de Dornes.
Onde dormir?
Hospedaria Nossa Senhora do Pranto
Esta hospedaria possui quartos com WC e vistas sobre o rio Zêzere. Além disso, há um restaurante, onde pode tomar o pequeno-almoço e fazer as refeições diárias.
Esta é uma casa de campo com capacidade para 6 pessoas. O espaço possui piscina exterior, churrasco e um terraço com vistas deslumbrantes para a montanha e para o rio.
Há ainda a Casa da Avó, a Casa de Lis, a Casa Nunes, a Riverside ou a Ca’D’oro (em Cagida).