Júlia de Sousa
Júlia de Sousa
08 Mai, 2015 - 08:07

Emigrar aos 50 anos: vale a pena?

Júlia de Sousa

Há quem pela situação que o país atravessa e perante a dificuldade em encontrar emprego se veja forçado a emigrar aos 50 anos. Saiba quais os cuidados a ter nesses casos. 

Emigrar aos 50 anos: vale a pena?
A emigração faz indubitavelmente parte do léxico e da realidade portuguesa. E se pensa que apenas os jovens estão a dar esse passo, engana-se. A emigração é um fenómeno transversal a praticamente todas as gerações. O que não falta por esse país fora são casos de pessoas que decidem emigrar aos 50 anos, por exemplo. A pergunta que se impõe é: será que vale a pena?

Emigrar aos 50: sim ou não?

Depende. Seja aos 50 (ou em qualquer outra idade) a decisão de emigrar deve ser ponderada para avaliar os prós e contras da saída. Mas se, feita a análise, os prós forem superiores aos contras, porque não? Ter 50 anos não é impeditivo de partir para outro país e tentar a sua sorte. Claro, pode não ser a idade mais indicada, já que terá no seu país uma família constituída e uma vida – pelo menos, minimamente – organizada, mas se não lhe resta outra alternativa, a idade não é um impedimento.
O importante é que tenha perfeita noção que a emigração nos dias que correm não é igual ao que se verificava nos anos 60, 70, 80 e 90. Atualmente, o cenário é distinto e não basta ir e tentar a sua sorte. Há que se preparar devidamente antes de agarrar nas malas e partir.

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Que cuidados ter?

Os mesmos que teria aos 20, aos 30 ou aos 40 anos. Como referimos anteriormente, longe vai o tempo em que se arriscava passar a fronteira, com apenas algumas roupas na mala e pouco dinheiro no bolso; ou que bastava chegar ao país de destino e procurar um emprego que não tardava a aparecer para rapidamente orientar a vida. Já nada é assim. Partir requer preparação e, acima de tudo, muitos cuidados.
Para muitas pessoas desta geração (dos 50) a grande dificuldade é sempre a adaptação e, por esta, razão a preparação é ainda mais importante. Só assim pode evitar o fracasso. Pode começar por identificar os países que, para si, apresentam melhores condições, por exemplo. Depois de escolhido o país, é também importante que antes de ir assegure trabalho e habitação. Se o fizer já tem alguma segurança.
Mas não só. Informe-se sobre as questões legais e burocráticas em termos de residência no país que escolher como destino, conheça a cultura e – MUITO IMPORTANTE – aprenda a língua. Mesmo que vá para um país com uma grande comunidade portuguesa, não pense que o português basta. A língua é a sua melhor ferramenta de integração. Mais uma vez, repetimos: não basta decidir que vai emigrar e partir. Se realmente está decidido a dar esse passo, seja ponderado e faça tudo com calma. E pode começar já por ter aulas da língua do país para onde pretende emigrar. Afinal nunca é tarde para aprender.

Vida nova aos 50

Nem só os jovens estão a emigrar. Esta é a realidade. São cada vez mais os casos de pessoas que aos 50 anos decidem emigrar em busca de uma nova vida e de um equilíbrio que não encontraram em Portugal. Se é o seu caso não deixe de ter em atenção os conselhos que aqui lhe deixamos. E, já agora, aproveite e consulte o nosso guia de emigração, onde pode encontrar dicas, informações e contactos úteis ou até sites onde pode procurar emprego ou casa, em diversos países (como França, Estados Unidos da América, Austrália, Suíça ou Brasil, entre outros). Afinal quanto mais souber melhor para si. Boa sorte!

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