Um gato gordo pode ser muito castiço, bonito, fofinho, mas não é, com certeza, saudável. A obesidade está ligada a grande parte das doenças dos gatos e, por isso, deve ser evitada e combatida.
A obesidade felina tem um grande impacto na qualidade e expetativa de vida dos bichanos mas é, infelizmente, uma tendência em gatos domésticos.
Se tem um gato e quer que ele viva mais tempo e feliz, saiba como identificar o excesso de peso, os riscos associados e o que fazer para cuidar de um gato gordo.
Gato gordo: riscos para a saúde
O excesso de peso nos gatos é, regra geral, sinónimo de doença. Diabetes, doenças do fígado, doenças inflamatórias intestinais e certos tipos de problema de pele podem estar ligados à obesidade felina. Para além de diminuírem a expetativa de vida dos bichanos, requerem tratamento médico.
Um gato com excesso de peso também pode desenvolver artrite devido ao desgaste e pressão nas articulações. É também comum que os gatos castrados aumentem de peso devido à redução de hormonas e, consequentemente, menos movimento.
Como identificar se o gato está obeso
A raça pode influenciar os números mas, em média, um gato doméstico pesa entre 3 e 4 quilos para as fêmeas e entre 4 e 5 quilos no caso dos machos. Se a balança indicar 15 a 20% mais do que estes valores, então, o seu gato está gordo.
Outra forma de identificar o excesso de peso sem recorrer a uma balança é, simplesmente, olhar e tocar no gato. Ao olhar o seu bichano de cima, a cintura dele deverá parecer-se com uma ampulheta, afunilando-se ligeiramente a partir das costelas. Se a forma dele for reta ou, pior, tiver a barriga distendida para os lados não há dúvidas: está gordo!
Se tiver um gato peludo e não conseguir ver bem, coloque as mãos ao lado do peito. Deve ser capaz de sentir as costelas sem uma espessa camada de gordura sobre elas. Se não tiver a certeza se o seu gato tem excesso de peso, consulte um veterinário.
O meu gato está gordo. O que fazer?
Se efetivamente tiver um gato gordo, está na hora de atuar. Vai mesmo ter que lhe fazer uma dieta e “obrigá-lo” a mexer-se mais. Siga as nossas sugestões:
Alimentação
1. Reduza a quantidade de comida de forma gradual;
2. Reduza os carboidratos mais frequentes na comida seca;
3. Troque a ração por comida húmida que contém mais água;
4. Não deixe a tigela de comida sempre cheia e acessível o dia todo;
5. Dê porções controladas de comida entre 2 a 4 vezes ao dia no máximo;
6. Não ofereça da sua comida ao seu gato (resista à tentação!);
7. Incentive-o a beber mais água;
8. Se mudar a ração, faça-o de forma gradual misturando com a anterior.
Exercício
1. Alie comida a exercício. Ofereça parte da ração diária dentro de brinquedos/ recipientes próprios para animais de estimação;
2. Crie um ambiente em casa que o estimule a mexer-se. Por exemplo, crie estruturas típicas para gatos nas paredes da casa, construa um passeio indoor, pendure brinquedos em sítios mais elevados;
3. Se for seguro, deixe-o ir para a janela ou varanda tentar apanhar pássaros ou insetos. O instinto de caça vai fazer com que se mexa de certeza;
4. Faça passeios na rua usando uma trela;
5. Proporcione-lhe momentos de brincadeira com outros gatos;
6. Brinque com ele. Muito!
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