Raquel Pacheco Neves
Raquel Pacheco Neves
08 Mar, 2019 - 11:20

Histamina: descubra o que causa as suas alergias

Raquel Pacheco Neves

A histamina é a principal substância associada a muitas reações alérgicas e é libertada quando o corpo está em contacto com algum alérgeno.

histamina

A histamina é uma molécula produzida por algumas células do nosso organismo, na sua maioria glóbulos brancos, e que está presente em abundância em quase todos os tecidos – particularmente no pulmão e no fígado. Ela é libertada dos glóbulos brancos quando o organismo está em contacto com uma substância à qual é hipersensível.

Descubra neste artigo como esta molécula age no organismo, quais são as reações que o corpo desencadeia e como pode tratar o problema.

Histamina: tudo o que precisa de saber

não deve ter em casa quando tem alergias

Como a histamina provoca as alergias

A histamina provoca a dilatação dos capilares, tendo por consequência a hipotensão e o aumento das secreções. Desempenha um papel patogénico, agindo como intermediária nos fenómenos de origem alérgica como, por exemplo, num choque anafilático, na asma e na urticária.

Como o corpo reage à histamina

A histamina é libertada a partir de mastócitos e basófilos (glóbulos brancos) durante uma reação alérgica. Depois de libertada, a histamina liga-se aos seus recetores específicos, provocando uma dilatação dos vasos sanguíneos. Como resultado, a permeabilidade de vasos sanguíneos aumenta. Esta dilatação também pode provocar a vermelhidão na pele.

Quando os vasos sanguíneos estão dilatados, num quadro de alergia, permitem que os glóbulos brancos cheguem mais rapidamente aos agentes invasores. E é esta defesa do organismo que dá origem aos sintomas.

Causas da libertação de histamina

A libertação da histamina pode ser provocada por um grande número de alérgenos. Normalmente, a molécula é libertada quando o organismo está em contacto com pólen, pelos de animais, mofo e ácaros, mas podem existir inúmeros agentes causadores das reações alérgicas.

Alguns alimentos, por exemplo, podem estimular este tipo de reação – é o caso das nozes, dos amendoins, dos frutos do mar e, até, dos morangos. Também as picadas de insetos, especialmente as das abelhas, vespas e formigas, podem produzir reações alérgicas, provocando a intervenção da histamina.

Quais os sintomas associados?

Esta reação de libertação pode ativar um dos tipos de recetores da histamina – o recetor H1 e o recetor H2 – e provocar os seguintes sintomas:

  • Quando estimulados, os recetores H1 podem desencadear sintomas como erupções cutâneas, urticária, inchaço, comichão, dores de cabeça e também respostas respiratórias.
  • No caso dos recetores H2, quando estimulados, pode acontecer a produção excessiva de ácido no estômago.

Tratamentos

Os anti-histamínicos neutralizam os efeitos da histamina através do bloqueio dos seus recetores.

Existem dois grandes grupos de anti-histamínicos antagonistas. Tome nota:

a) Antagonistas H1: difenidramina, loratadina e cetirizina. O termo anti-histamínicos de longa duração é utilizado para referir-se a anti-histamínicos H1, que são utilizados para tratar os sintomas da inflamação local, o corrimento ou a congestão nasal.

b) Antagonista H2: cimetidina, famotidina e ranitidina. Estes são utilizados principalmente para reduzir a produção de ácido no estômago. Também são prescritos para o tratamento de úlceras no estômago e de patologias clínicas, como a doença do refluxo gastroesofágico.

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