Afonso Aguiar
Afonso Aguiar
10 Mar, 2021 - 15:44

Honda Crosstar Hybrid: o SUV citadino que vai revolucionar o mercado

Afonso Aguiar

Na prática é um Honda Jazz, mas reforçado para misturar as necessidades de uma condução citadina com o lazer aventureiro. Conheça o Honda Crosstar Hybrid.

Honda Crosstar hybrid

O Honda Crosstar Hybrid foi inicialmente lançado como uma nova versão do Jazz, um “mero sufixo”. Aliás, o nome inicial era mesmo Honda Jazz Crosstar, sendo que a Honda tinha alguma relutância em apelidá-lo de SUV. Porém, mudou de opinião.

Afinal, a marca japonesa cedo percebeu o potencial que tinha em mãos. É que puros citadinos com características crossover não são ainda uma aposta muito grande no mercado automóvel. Assim nasceu o Honda Crosstar Hybrid.

Apesar de ainda não ter tido muito sucesso em Portugal, uma vez que é jovem, tem uma beleza estética salientável. Para além disso, é, para todos os efeitos, um carro citadino, mas com maior conforto na condução. Como avança a marca,

É a combinação perfeita entre a funcionalidade de um carro citadino e a robustez de um aventureiro SUV, dando o mote para uma nova era onde o SUV citadino terá todo o destaque.

Beleza estética do Honda Crosstar Hybrid

Quem gosta de automóveis sabe que, dependendo do modelo, vários são os adjetivos que se pode atribuir ao design de um carro: elegante, moderno, robusto, desportivo, tem um ar aerodinâmico, é possante, entre outros. No entanto, salvo raras exceções, não é comum referir-se a um carro com uma simples palavra: “bonito”.

Mas essa é a realidade. Apesar de se poder acentuar o look mais aventureiro, como uma maior altura ao solo, os pormenores apresentados na grelha frontal exclusiva, o para-choques com proteções, a decoração lateral e as barras de tejadilho integradas, o Honda Crosstar Hybrid é um automóvel que, apesar de poder ser descrito pormenorizadamente, deve ser apreciado esteticamente como um todo.

Para destacar a beleza estética, a Honda inclui jantes de liga leve de 16 polegadas, espelhos retrovisores com apontamentos em cromado e um exclusivo volante em pele, com um design retro.

Este é também o primeiro Honda a chegar ao mercado com a oferta de pintura de duas cores.

Interior mantém as características do Jazz

Seguindo as pegadas do seu parente, o Jazz, o Honda Crosstar Hybrid é ainda mais espaçoso tanto à frente, como atrás. Para conseguir esse efeito, a Honda optou por colocar uma bagageira mais pequena do que o habitual, com apenas 298 litros de capacidade. Para além disso, posicionou o depósito de combustível no centro do chassis e por baixo dos assentos dianteiros.

No entanto, graças aos já famosos e práticos bancos mágicos, capazes de rebater os bancos traseiros parcialmente ou totalmente de forma a assemelhar-me a uma carrinha, a capacidade da bagageira aumenta para 1.199 litros.

Além disso, dado o aumento da distância em relação ao solo, pode-se inclusive dizer que é ainda mais confortável do que o Jazz.

Ainda no interior destaca-se o ecrã tátil de 9 polegadas, com Honda CONNECT, para integrar com bastante facilidade o seu smartphone, com tecnologia compatível com Android Auto (por USB) e Apple CarPlay (por Bluetooth).

Tecnologia sofisticada

O Honda Jazz acarreta consigo o sistema Honda SENSING. Este é o sistema de auxílio à condução da Honda. Entre os principais sistemas destacam-se

  1. O Sistema de Direção de Mitigação de Colisões de Peões, que deteta peões e as linhas laterais da faixa de rodagem, para ajudar a evitar colisões;
  2. O Sistema de Apoio na Faixa Rodagem (RDM) que auxilia o condutor a evitar que o veículo se desvie, inadvertidamente, da estrada. Tem a vantagem de funcionar a velocidades superiores a 60 km/h sempre que os sensores sentem que o carro ultrapassou a linha lateral da faixa de rodagem, ou prevê que o automóvel vá sair fora do “trilho”;
  3. O Sistema de Travagem por Mitigação de Colisões (CMBS), que alerta ou travão carro de forma a evitar colisões com veículos em sentido contrário e veículos ou peões à sua frente;
  4. As três diferentes câmaras traseiras, com ângulos diferentes, bastante úteis, prática e com grelhas de auxílio para manobras de estacionamento ou de inversão de marcha;
  5. A capacidade de ler sinais de trânsito e alertar o condutor para o não cumprimento dos mesmos, como os limites de velocidade.

Motorização

A motorização do Honda Crosstar Hybrid, como o próprio nome indica, é híbrida. É composta por dois motores elétricos, sendo que um deles assume funções de gerador, um motor 1.5 l DOHC i-VTEC a gasolina e uma bateria de iões de lítio. No entanto, graças à inclusão da tecnologia de gestão inteligente de energia i-MMD, ele funciona como um elétrico, um híbrido e até um motor a combustível.

Aliás, a maior do tempo é praticamente um elétrico, com a vantagem de não ser necessário recarregá-lo. O motor a combustão acaba por ter, várias vezes, a função de recarregar a bateria.

A transmissão deste modelo é automática.

A potência total é de 109 cv, sendo que, devido ao peso, atinge os 100 kmh em 9.9 segundos (alguns centésimos a mais do que o Jazz). Devido à mesma razão, em termos de consumos combinados a Honda anuncia 4.8 l/100 km (0.2 litros a mais que o Jazz).

A velocidade limitada máxima é de 173 km/h. Já o preço está estabelecido nos 33.225 euros.

Ao volante do Honda Crosstar Hybrid

Honda Crosstar hybrid
Afonso Aguiar

Em termos de design e conforto interior, o modelo não desilude. No que ao seu comportamento diz respeito, o Honda Crosstar Hybrid é bastante surpreendente.

A capacidade de reação do veículo que é, de facto, boa, como esperado de um 1.5 híbrido, mas a supresa encontramos na eficiência dos sistemas de auxílio à condução. São bastante ativos e eficientes, apresentando pouco falhas para sistemas ainda jovens (a maior parte com menos de uma década).

Destaca-se, igualmente, agilidade do veículo. Apesar de poder não ser expectável, dadas as suas dimensões, é um veículo fácil de manobrar.

É bonito e seguro, com capacidade para transportar bastante bagagem e poupado. No entanto, também é ágil, robusto e com potência para se aventurar em conduções mais desportivas.

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