Share the post "Proximidade entre mãe e bebé prematuro: perceba a importância"
A prematuridade é um tema delicado, sobretudo para os pais e para as mães que têm de lidar diretamente com ele, ou seja, que têm filhos que nascem “antes do tempo”. Além de se tratarem de bebés, por norma, mais pequenos e com um organismo mais imaturo, estes recém-nascidos necessitam, geralmente, de internamento hospitalar, o que pode pôr em causa a proximidade entre mãe e bebé prematuro.
Contudo, a evidência científica tem demonstrado que a proximidade entre mãe e bebé prematuro pode ser fulcral no desenvolvimento destes recém-nascidos. Logo, é cada vez mais unânime que a mãe também deve poder ficar internada no hospital, de modo a acompanhar o seu bebé prematuro.
Ao contrário de um bebé de termo, um bebé prematuro é um recém-nascido em formação que ainda necessita de estar em desenvolvimento dentro do ventre materno. Por isso, as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tentam simular o ambiente intra-uterino. Portanto, a presença da mãe é indispensável.
Perceba melhor a importância da proximidade entre mãe e bebé prematuro
A prematuridade é um desafio difícil de superar para muitas famílias. Em alguns casos, ele pode constituir um trauma a longo prazo, não só pela experiência de estar na Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais, como pelo maior risco de morte destes bebés prematuros.
Nem todos saberão, mas a prematuridade é a maior causa de morte infantil antes dos 5 anos de idade. Em 2020, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a prematuridade foi mesmo a principal causa de mortalidade infantil em todo o mundo.
Em Portugal, 8% dos bebés nasce prematuro. Estatísticas como estas são, obviamente, “assustadoras” para os pais, sobretudo se estiverem afastados dos seus filhos e sem a possibilidade de os acompanharem.
As principais caraterísticas de um bebé prematuro são:
- baixo peso;
- pequena estatura;
- pouco cabelo;
- orelhas finas e moles
- pele fina, brilhante e clara, ainda com lanugo;
- veias muito visíveis;
- pouca gordura;
- músculos fracos;
- baixa atividade.

Internamento e sequelas
Importa lembrar que se considera prematuro um recém-nascido que nasça antes das 37 semanas de gestação. Este é um bebé mais vulnerável a doenças, à luz ou a ruídos e mais imaturo a nível dos pulmões, do coração, da digestão e até da temperatura corporal.
Existem, ainda, diferentes tipos de prematuridade a considerar, a saber:
- Pré-termo tardio: nascimento entre as 34 e as 36 semanas de gestação;
- Prematuro moderado: nascimento entre as 32 e as 34 semanas de gestação;
- Grande prematuro: nascimento entre as 28 semanas e as 32 semanas de gestação;
- Prematuro extremo: nascimento antes das 28 semanas de idade de gestação.
Durante o período de internamento nas Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais, os recém-nascidos podem sofrer algumas complicações, como:
- ritnopatia da prematuridade;
- hemorragia intracraniana;
- crises convulsivas;
- anemia (com uma necessidade frequente de transfusões sanguíneas);
- paralisia cerebral;
- problemas respiratórios e infeciosos;
- dificuldades de deglutição;
- sucção fraca;
- hipoglicemia.
Apoio psicológico
O contacto pele a pele com o recém-nascido contribui para aproximação entre a mãe e o bebé prematuro, o que beneficia não só a criança, como a própria mãe. A vinculação estabelecida entre a mãe e o bebé prematuro contribui para uma evolução mais rápida da criança.
Durante esta fase, é ainda muito importante que os pais não hesitem em procurar apoio psicológico ou psiquiátrico, já que toda esta experiência, como dissemos, pode ser traumática.
Além disso, o contacto com outros progenitores que passaram ou estão a passar pelo mesmo também pode ajudar a lidar com este período de uma forma mais fácil e agradável.