Estima-se que no momento presente estejam cerca de seiscentas fundações no ativo em Portugal. Quais as maiores fundações do país? Fique a conhecê-las.
Fique a conhecer as 10 maiores fundações do país
As 884 fundações existentes neste momento em Portugal são detentoras de um património que chega já aos oito mil milhões de euros e traduzem-se em postos de emprego para pelo menos cerca de 18 mil pessoas.
Com recurso a seis mil milhões de euros de capitais próprios, as fundações em Portugal gerem mais de nove milhões de euros em ativos. Vamos conhecer as maiores fundações do país neste momento e desbravar o terreno por onde se movem, de modo a retratar o perfil, caraterísticas e dimensões do sector fundacional português.
Conheça as maiores fundações do país neste momento
Segundo a Forbes, estas são as dez maiores fundações portuguesas na atualidade.
1. Fundação Calouste Gulbenkian
Criada em 1956, detém 2,8 milhões de euros em fundos próprios. É a rainha das fundações portuguesas, e está entre as maiores quarenta do mundo, facto a que não é alheio ter obtido um rendimento médio anual de 8,3% nos últimos anos.
O modo como é gerida também assume um papel importante na sua ascensão – até 2013, foi gerida por entidades externas especializadas, que lhe davam margem de manobra na tomada de decisões de gestão.
2. Universidade do Porto
Reconhecidamente a maior universidade de Portugal, a sua fundação foi criada em 2009, com fundos próprios na ordem dos 503 milhões de euros. A Universidade do Porto como Fundação tem no orçamento do Estado a sua mais significativa fonte de financiamento. É uma fundação pública de direito privado, que goza de autonomia estatutária, pedagógica, científica, cultural, administrativa, financeira, patrimonial e disciplinar, o que lhe permite criar ou participar em associações ou sociedades, com ou sem fins lucrativos, cujas atividades sejam compatíveis com a sua missão.
3. Fundação Champalimaud
Criada em 2004, com fundos próprios de 425 milhões de euros, dedica-se a estimular descobertas que beneficiem as pessoas através de investigação científica em áreas de ponta, como no campo da biomedicina. O Centro Champalimaud é agora um marco, não apenas na paisagem ribeirinha de Lisboa, mas também no mapa da ciência internacional. Em 2012, o Centro foi eleito pela revista norte-americana “The Scientist”, como o melhor local, fora dos Estados Unidos da América, para investigadores desenvolverem o seu trabalho de pós-doutoramento.
A Fundação Champalimaud é também líder em soluções cirúrgicas inovadoras, como é o caso da cirurgia robótica, procedimentos laparoscópicos e microscópicos, e trabalha com alguns dos melhores cirurgiões em todo o mundo. O seu Centro Cirúrgico, inaugurado em maio de 2016, é uma unidade de vanguarda e uma referência na abordagem cirúrgica minimamente invasiva.
4. Fundação Oriente
Criada em 1988, com fundos próprios de 262 milhões de euros, faz parte do grupo das 20 maiores fundações europeias e é membro fundador do European Foundation Centre. A fundação Oriente é um símbolo da relação que outrora Portugal teve com Macau, tendo sido instituída pela Sociedade de Turismo e Diversões de Macau como uma contrapartida imposta por Macau à concessão em regime de exclusivo da exploração do jogo naquele território até 31 de Dezembro de 2001.
Em Portugal, a Fundação Oriente liderou o processo de criação do Centro Português de Fundações que viria a ser constituído em 1993, em parceria com a Fundação Eng. António de Almeida e a Fundação Calouste Gulbenkian.
5. Universidade Nova de Lisboa
Criada em 2017, com fundos próprios de 188 milhões de euros, é um dos mais recentes exemplos de transformação de uma instituição de ensino superior público numa fundação, colocando o seu foco em contribuir para o crescimento, desenvolvimento sustentável, bem-estar e solidariedade social. Assim a Universidade Nova de Lisboa passou a poder criar carreiras próprias para pessoal docente, investigador e não só, além de aproximar os regulamentos internos dos princípios subjacentes à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas.
6. Fundação da Casa de Bragança
Criada em 1933, com fundos próprios de 146 milhões de euros, é na venda de cortiça que a Fundação tem a sua maior fonte de receita, que nasceu por vontade de D. Manuel II um ano após a sua morte, com o intuito de preservar intactas as suas colecções e todo o património da Casa de Bragança. Paralelamente à sua atividade relacionada com a cortiça, a Fundação tem uma componente agrícola muito forte, bem como a exploração florestal.
As propriedades agrícolas e florestais da FCB situam-se no Alentejo, distribuindo-se por 13 concelhos, e ainda nos concelhos de Ourém e de Esposende. A maior concentração verifica-se no concelho de Vendas Novas, seguido pelos concelhos de Estremoz e de Portel.
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