Share the post "Os 11 melhores museus da Europa: visitas obrigatórias e nada aborrecidas"
Arte, cultura, saber: os museus são lugares onde podemos encontrar tudo isto em doses generosas e prontas a consumir. Em todo o mundo há espaços que oferecem este tipo de conhecimento de forma exemplar, mas neste artigo focamo-nos nos melhores museus da Europa.
Se é daquelas pessoas que nas suas viagens prefere caminhar na rua do que visitar museus, pense de novo: hoje em dia os museus são espaços dinâmicos e convidativos – mesmo que tenham séculos de existência – oferecendo-lhe o privilégio do encontro ao vivo com obras de arte geniais e inspiradoras. Venha daí conhecer a nossa seleção de museus europeus a visitar pelo menos uma vez na vida.
Cultura em viagem: 11 dos melhores museus da Europa
1. Museu do Louvre, Paris
Fonte: pixabay/Free-Photos
Nesta seleção dos melhores museus da Europa, tínhamos de começar por aquele que é o mais famoso museu do mundo. Falamos, está claro, do Louvre, o museu em Paris que alberga a Mona Lisa, a escultura Venus de Milo e o quadro A Rendeira, de Vermeer, entre outras obras icónicas.
No ano que passou o Louvre foi o museu mais visitado a nível mundial, atingindo as 8,1 milhões de pessoas. Está instalado numa fortaleza do século XII que mais tarde foi residência oficial dos reis franceses. Este museu foi inaugurado em 1793 e hoje inclui na sua coleção cerca de 380 mil obras de arte – da pré-história até ao século XXI. Espalhadas por 300 salas, em exposição permanente, estão cerca de 35 mil peças.
2. Galeria dos Ofícios, Florença
Florença é uma cidade maravilhosa, repleta de edifícios belíssimos, como é o caso da Catedral de Santa Maria del Fiori, da Ponte Vecchio ou da Galeria dos Ofícios (em italiano, “Galleria degli Uffizi”), onde está instalado um dos melhores museus da Europa.
Aqui, num palácio que em tempos albergou os escritórios dos principais magistrados da cidade, estão hoje expostas ao público várias obras fundamentais das principais correntes artísticas desde o século XII ao século XVIII. Caravaggio, Michelangelo, Rembrandt, Rubens, Ticiano, Rafael, Canaletto e Botticelli são alguns dos artistas aqui presentes.
3. British Museum, Londres
O Museu Britânico é uma das grandes atrações da capital inglesa. O facto de ser gratuito promove naturalmente uma grande afluência, mas é o seu acervo incrível, com destaque para as peças oriundas da Grécia e do Egito antigos, o que mais cativa os visitantes. Fundado em 1753, foi o primeiro museu nacional público a abrir portas em todo o mundo.
Consta que são 8 milhões as peças de arte que constituem o espólio do British Museum, ainda que só uma parte esteja exposta ao público. Os tesouros mais procurados pelos visitantes são a Rosetta Stone, as esculturas do Partenon, o astrolábio de Sloane, o busto de Ramsés e as múmias egípcias, mas há muito mais para contemplar.
4. Museu Guggenheim, Bilbau
Instalado num edifício futurista, ele próprio motivo de interesse, o Museu Guggenheim Bilbao faz parte do conjunto de cinco museus da Fundação Solomon R. Guggenheim. O nome advém de um dos seus fundadores, um americano de ascendência suiça que nos anos vinte do século passado começou a investir a fortuna em obras de arte.
Inaugurado em outubro de 1997, o seu projeto de arquitetura é do americano Frank Gehry, destacando-se pelas linhas curvilíneas e pelo revestimento espelhado – em titânio, calcário e vidro – que o coloca em perfeita harmonia com o rio Nervión.
Lá dentro, esperam-no obras de autores contemporâneos consagrados como Mark Rothko, Kiefer, Eduardo Chillida ou Basquiat. Do lado de fora, as boas-vindas são dadas pelo famoso “Puppy” de Jeff Koons e pela impressionante aranha gigante de Louise Bourgeois.
5. Museu Hermitage, São Petersburgo
Classe, prestígio, grandiosidade, opulência: apenas quatro dos adjetivos que se podem usar para classificar o Museu Hermitage na cidade russa de São Petersburgo. Situado na margem do rio Neva, num majestoso complexo de palácios e edifícios do século XVIII, é um dos maiores museus de todo o mundo.
A sua coleção reúne mais de três milhões de peças, representativas de todos os períodos da história e oriundas de todos os continentes. Este acervo começou a ser adquirido pela dinastia Romanov, sobretudo por Catarina, a Grande, que fundou o museu.
A czarina era uma apaixonada por Itália e pelos trabalhos dos artistas italianos. No Museu Hermitage, entre muitas outros objetos, jóias e obras extraordinárias, podem ser apreciadas réplicas perfeitas de algumas pinturas de Michelangelo.
6. Rijksmuseum, Amesterdão
Amesterdão é uma cidade com excelentes museus. E não retirando importância ao Museu Van Gogh e à Casa-Museu de Anne Frank, para citar apenas dois exemplos, a verdade é que o Rijksmuseum se destaca, desde logo pelo seu bonito edifício de cor avermelhada. Apesar do museu ter sido fundado em 1800, foi em 1885 que o espólio se mudou definitivamente para este palácio em estilo neo-renascentista holandês.
O destaque vai para as obras dos mestres da pintura holandeses – e é inegável a sua influência na arte mundial – mas há outros motivos de interesse, neste que é considerado um dos melhores museus da Europa e do mundo.
Descarregue a app do museu e, com antecedência ou no momento da visita, saiba mais sobre as obras aqui expostas. Para além da coleção permanente, o museu oferece uma programação variada, com estimulantes exposições temporárias e outros eventos.
7. Tate Modern, Londres
É fã de arte moderna e contemporânea? Então tem de ir ao Tate Modern na sua viagem a Londres. Ocupa uma antiga central elétrica na margem do rio Tamisa e para além das experiências culturais e artísticas que oferece – entrar no gigantesco átrio do museu é, por si só, um happening – proporciona vistas soberbas sobre a capital inglesa (considere a subida ao bar e ao restaurante obrigatórias!)
O Tate Modern é o irmão mais novo do Tate Britain. Se o primeiro se dedica a conservar e a divulgar a arte internacional mais recente, o Tate Britain está focado na arte inglesa desde o início do século XVI até aos dias de hoje. O museu tem ainda ramificações em Liverpool em St. Ives, na Cornualha.
8. Museumsinsel (Ilha dos Museus), Berlim
A Ilha dos Museus, em Berlim, é um conceito cultural e artístico que não podíamos deixar de fora quando falamos nos melhores museus da Europa. Fica mesmo no centro da cidade e é um espaço de fruição intelectual e lazer verdadeiramente convidativo, devido aos jardins e à sua localização central.
Trata-se de um conjunto de edifícios instalados numa pequena ilha do rio Spree, complexo classificado como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO. O museu mais antigo foi construído entre 1823 e 1830 para acolher as obras de arte dos reis da Prússia. Ao todo, são cinco museus repletos de peças de arte e objetos históricos que merecem uma visita:
- Altes Museum (Museu Antigo)
- Neues Museum (Museu Novo)
- Pergamonmuseum (Museu Pergamon)
- Alte Nationalgalerie (Galeria Nacional Antiga)
- Bode-Museum (Museu Bode)
9. Museu del Prado, Madrid
Fonte: Commons/ Emilio Rodríguez Posada
Continuando o nosso périplo por alguns dos melhores museus da europa, chegamos a Madrid. A capital espanhola é um portento no que diz respeito a arte e a museus: num raio de poucos metros quadrados, no centro da cidade, há três lugares mágicos: o Museu do Prado, o Centro de Arte Rainha Dona Sofia (onde está a Guernica, de Picasso) e o Museu Thyssen-Bornemisza. É o chamado triângulo dourado madrileno, do qual destacamos o Museu del Prado.
A celebrar os 200 anos de existência, o Museo del Prado guarda alguns dos mais valiosos quadros do mundo. Goya, El Greco, Rubens ou Velasquez – é aqui que podem ser contempladas as suas célebres “Meninas” – são apenas alguns dos artistas representados.
Como prova de que não ficou parado no tempo, o Museu fez uma parceria com a Google, disponibilizando algumas das suas obras mais importantes na internet, em alta definição.
10. Museu de Serralves, Porto
Não é só no estrangeiro que há bons museus. Portugal, um destino cada vez mais procurado por turistas, pode orgulhar-se de possuir notáveis coleções de arte em espaços, eles próprios, dignos de visitas enriquecedoras. Um dos exemplos é o Museu de Serralves, dedicado sobretudo às correntes contemporâneas.
Instalado num edifício premiado do Arq. Siza Vieira, visitar o Museu de Serralves é muito mais do que ir ver uma exposição. Com fabulosos jardins e uma programação intensa, o Museu de Serralves oferece atividades e eventos para todos os públicos, nomeadamente as famílias, de forma a incutir nos mais novos o gosto pela arte e pela estética.
“Serralves em Festa” – um evento gratuito anual que dura todo um fim de semana com performances artísticas variadas, talvez seja a marca mais expressiva do trabalho que o museu tem vindo a desenvolver, a par das suas exposições temporárias imperdíveis, como as que dedicou à Pop Art ou a Joan Miró.
11. MAAT, Lisboa
Terminamos esta seleção dos melhores museus da Europa com outro museu português de referência: o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, mais conhecido por MAAT. Está instalado num edifício marcante, criado de raiz para albergar o projeto, junto ao rio Tejo, cujo projeto de arquitetura é da inglesa Amanda Levete.
Os responsáveis definem o museu como um “espaço de debate, de descoberta, de pensamento crítico e de diálogo internacional”, o que parece estar a ser cumprido desde que abriu portas, em outubro de 2016.
Se não quiser ir até lá pelas ótimas exposições ou pelas interessantes atividades para crianças e famílias, vá para tomar um café, contemplar o fenomenal edifício ou assistir ao pôr do sol sentado nas escadas em frente ao rio.
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