Teresa Campos
Teresa Campos
17 Mai, 2019 - 09:26

Portugaba: a nova mala Christian Louboutin inspirada em Portugal

Teresa Campos

Christian Louboutin é um nome incontornável da moda e Portugaba a sua mais recente criação. E sim, qualquer semelhança com Portugal não é mera coincidência.

Portugaba: a nova mala Christian Louboutin inspirada em Portugal

Christian Louboutin é, essencialmente, conhecido pelos seus sapatos de sola vermelha, mas as coleções do criador francês têm muitos mais produtos e particularidades que fazem deste designer um dos mais importantes da atual indústria da moda. A mais recente novidade da marca  é a sua mala Portugaba, acessório inspirado no nosso país e nas suas técnicas e costumes.

A popularidade do produto fez com que ele esgotasse em menos de 24 horas e, se ainda não conhece o modelo, vamos apresentá-lo pormenorizadamente para si.

A nova mala (e outras sugestões) Christian Louboutin

Portugaba é nome da nova mala assinada por Christian Louboutin e não é preciso perceber muito de moda, para suspeitar que a inspiração para este produto foi mesmo o nosso país.

O criador francês, mundialmente famoso em particular pelos seus sapatos de luxo de sola vermelha, lançou esta mala de Verão inspirada nos costumes tradicionais portugueses e nas artes tipicamente nacionais.

Prova disso é o facto do modelo apresentar uma amálgama de técnicas e inspirações, dos azulejos aos puxados e ripados. Além disso, esta mala foi feita à mão por 10 artesãos portugueses, desde as contas das alças às franjas, o que corrobora que este é mesmo um produto nacional.

 

Mas vamos a informações bem práticas. Este modelo encontra-se disponível em duas cores: branco ou preto. Foi posto à venda online no passado dia 24 de abril, no site MyTheresa e em menos de 24 horas esgotou, apesar do seu preço algo acima da média para o comum dos mortais – uns “simbólicos” 1690€.

Apesar de algumas notícias apontarem que a partir do passado dia 1 de maio o modelo ficaria de novo disponível, nomeadamente em lojas físicas, até ao momento não há mais informações sobre esse assunto.

Portanto, a nossa sugestão é que se está interessado nesta mala e não põe por hipótese esperar por mais novidades, então visite o site oficial da Louboutin e contacte diretamente a marca, de modo a obter mais informações.

Mas porquê Portugal?

Inspirar-se nos costumes de um país para criar não é uma novidade na produção de Louboutin. Já foram várias as coleções em que o designer se deixou cativar por técnicas, nomeadamente, de África (Africaba), México (Mexicaba) ou Filipinas (Manilacaba).

No caso do nosso país, parece ter sido a sua luz, descontração e know-how dos artesãos que fez Louboutin querer inspirar-se aqui para a sua coleção de verão, como forma de homenagem à mestria artesanal portuguesa e ao seu savoir-faire. E assim nasceu a Portugaba.

Podemos considerar que a mala em causa é uma boa síntese de várias tradições regionais do nosso país, dos bordados do Alentejo à cestaria do Algarve. Embora as técnicas e os padrões tenham, sobretudo, origem a Norte do país, este modelo recorre a tecidos provenientes de Mirando do Douro e a técnicas praticadas em Fridão, Ribeira de Pena, Loures e Aboim de Nóbrega, Mafra e Ericeira.

Além disso, há uma clara influência da tradicional capa de honra de Miranda do Douro, visível no painel central da mala e dos azulejos portugueses espelhados nas contas de cerâmica das pegas e no forro em tons de azul e branco.

Louboutin e Portugal

Louboutin

Para quem, mesmo assim, ainda esteja surpreendido pelo criador francês se ter inspirado no nosso país para criar um produto como a Portugaba, importa referir que Louboutin é um apaixonado por Portugal, particularmente pelo Alentejo, onde comprou um terreno (em Melides), corria o ano de 2017, com o propósito de abrir um hotel de charme, em 2020. Além disso, é costume o designer passar cerca de 3 meses por ano no nosso país.

Para além do orgulho de ter um designer internacional inspirado e influenciado pelas técnicas e costumes nacionais, Portugal tem a honra de ter uma mala inspirada em si a ser vendida além-fronteiras e, assim, percorrer todo o mundo, na mão de todos quantos também ficaram rendidos aos encantos do nosso país.

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