Ana Graça
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16 Out, 2018 - 12:01

Tudo sobre a raiva em cães: causas, sintomas e medidas de prevenção

Ana Graça

A raiva mata cerca de 70.000 pessoas todos os anos, sobretudo como resultado da exposição a cães com a doença. Importa conhecer mais sobre a raiva em cães.

Tudo sobre a raiva em cães: causas, sintomas e medidas de prevenção

Existem algumas doenças que afetam de forma particular os cães e a raiva é uma delas. Como responsáveis pelo bem-estar, pela qualidade de vida e pela saúde dos nossos companheiros de 4 patas devemos fazer tudo o que está ao nosso alcance para prevenir esta doença. Vamos então conhecer ao pormenor como se manifesta e como se previne a raiva em cães.

Tudo sobre a raiva em cães

A raiva em cães é uma doença incurável, com um prognóstico muito grave, já erradicada em vários países. É causada por um vírus que atinge o sistema nervoso e que provoca uma alteração profunda no comportamento do animal. Os cães tendem a ficar agitados, com espasmos musculares intensos, não respondem aos donos e procuram locais escuros e escondidos para ficar.

Ao fim de pouco tempo, a raiva em cães tende a evoluir para um quadro de agressividade, muita salivação, em que o animal deixa de comer e de beber, até chegar a um estado paralisia fatal. O principal método de transmissão é através da saliva, daí que um animal possa ser infetado através de uma mordedura, arranhão ou lambidela.

A raiva em cães é uma doença incurável

Sintomas da raiva em cães

A raiva pode apresentar-se no cão sob uma forma furiosa, uma forma muda e uma atípica:

a) Forma furiosa

• A mais importante;
• Evolui em 3 períodos distintos: o melancólico (o animal aparenta tristeza, tem reflexos lentos e isola-se, evitando ruídos e luz intensa), o de excitação (período de inquietação intensa, com acessos de fúria em que o cão pode morder vigorosamente) e o de depressão (período em que a violência começa a baixar à medida que a desorientação e a paralisia se instalam).

b) Forma muda

• Geralmente não apresenta os sintomas da raiva furiosa;
• Os cães ficam deprimidos e têm tendência para se recolherem em sítios isolados;
• As paralisias (cabeça pendente; membros posteriores paralisados; expressões faciais anormais) surgem prematuramente e a morte acaba por ocorrer bastante cedo.

c) Forma atípica

• Formar atípicas da doença em que se verificam alterações dos períodos característicos da doença.

A raiva humana

É uma doença aguda, de natureza viral, zoonótica, com letalidade de 100% se não for devidamente tratada. O período de incubação da doença é muito variável, na medida em que depende da extensão e do tipo de ferida, mas habitualmente varia entre as 3 e as 8 semanas. Os cães, os gatos e os macacos são os animais que mais frequentemente estão implicados na transmissão da doença, através de mordedura ou arranhão.

Alguns dos sintomas descritos nos humanos são: dores de cabeça; febre; salivação; prurido no local da mordedura; nervosismo ou confusão mental; alucinações; paralisia; coma; morte. A vacinação profilática é reservada apenas a certos grupos que apresentam uma maior probabilidade de exposição ao risco de contágio (veterinários; trabalhadores de canis; viajantes para destinos onde o cuidado médico é difícil de encontrar ou onde a raiva em cães é comum).

Como prevenir?

De forma a enfrentar esta terrível doença importa apostar na prevenção. Assegurar que os cães possuem vacinação antirrábica atualizada é imprescindível já que esta garante que com que estes animais criem uma resposta imunológica contra o vírus. Em Portugal, a vacinação antirrábica dos cães é obrigatória e pode ser administrada a partir dos 3 meses.

Há ainda outros cuidados importantes a não esquecer tais como não permitir que os animais de companhia vagueiem na via pública, não atrair animais para a sua casa ou quintal e tapar as aberturas aí existentes e encorajar as crianças a dizerem imediatamente aos adultos se forem mordidos por qualquer animal.

O que fazer em caso de ser mordido por um animal não vacinado?

São recomendados os seguintes passos:

1. Lavar muito bem a ferida com água e sabão;

2. Consultar um médico, mesmo que a mordedura seja muito pequena;

3. Contactar as autoridades policiais;

4. Contactar os serviços veterinários oficiais.

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