Ekonomista
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20 Jul, 2023 - 12:10

“Assaltos no verão”: só 4% das casas em Portugal tem proteção

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Vai ausentar-se durante as férias? Saiba como proteger a sua habitação. Assaltos a casas no verão são uma realidade cada vez mais comum.

Já diz o ditado que a ocasião faz o ladrão e é bem verdade que na época de férias este tipo de criminalidade, que se aproveita da ausência dos donos das suas habitações, aumenta.

Neste artigo falamos-lhe das técnicas usadas pelos larápios e dos cuidados a ter para que não entre nas estatísticas dos assaltos a casas no verão. Queremos que tenha umas férias tranquilas e relaxadas, sabendo que a sua casa está bem protegida.

Assaltos a casas no verão: o que precisa de saber para proteger a sua

Alguns números sobre este tipo de criminalidade

Sabia que, estima-se, apenas 4% das casas em Portugal tem proteção contra roubo?

Dados da GNR e da PSP apontam que houve uma média de 50 os assaltos a casas que, por dia, no verão de 2022 – as zonas costeiras são as mais problemáticas nesse quesito. Para um país que se reconhece como ‘seguro’, não deixa de ser um número preocupante.

Nos meses de verão, quando muitas pessoas se ausentam por largos períodos, a média relativa à invasão e roubo de casas aumenta. E se por norma acontecem quando não há ninguém na habitação, há também casos de homejacking – assalto violento a habitações com pessoas lá dentro e com recurso a armas.

Em termos geográficos, é nos distritos com mais população, como Porto e Lisboa, que se registam mais crimes.

Os larápios tanto podem trabalhar sozinhos ou em grupo pequeno e informal, como pertencerem a redes internacionais de crime organizado. Para se proteger de assaltantes de todo o tipo, é boa ideia adotar um sistema de alarme moderno e eficaz.

Ladrões tendem a evitar casas com sistema de alarme

Num estudo da Universidade norte-americana da Carolina do Norte, 60% dos assaltantes a cumprir pena inquiridos disseram que quando se deparavam com uma habitação protegida por sistema de segurança, tentavam escolher outra casa. De facto, um sistema de alarme operacional, para além de ser um fator dissuasivo, permite minimizar danos caso os gatunos sigam em frente na sua intenção de roubar, uma vez que o sistema enviará um alerta para a central de segurança do fornecedor deste serviço e, em muitos casos, também para a polícia.

Técnicas mais usadas pelos ladrões e dicas para as combater

Assaltar durante o dia
A maior parte dos roubos a residências são feitos à luz do dia, por isso é importante manter a sua casa protegida, mesmo fora do período de férias. Para tal, um sistema de alarme é tão útil quanto eficaz. Se trabalha fora de casa e esta fica sem movimento durante o dia, torna-se um alvo fácil. Nas férias, o risco fica ainda maior.

Arrombar a porta ou forçar a abertura de uma janela
Uma porta sólida, com uma boa fechadura, irá pelo menos retardar a entrada dos gatunos em sua casa. As janelas devem ficar bem fechadas, pois facilmente eles conseguem aumentar uma frincha e conseguir entrar. Daí a importância de um bom sistema de alarme, que pode ser acionado mesmo consigo em casa, para que se sinta em total segurança.

Dirigirem-se ao quarto principal
Ora pense: onde estão os seus relógios, aquela joia especial ou aquele dinheiro guardado num envelope? No seu quarto, certo? Os larápios não são tontos e é aí que vão em primeiro lugar. Sabem que têm de ser rápidos e se tiverem de se escapar rapidamente pelo menos hão de sair do quarto principal com alguns valores. Troque-lhes as voltas, esconda os seus bens mais valiosos em locais inusitados e fora do quarto principal.

Cães grandes não assustam os ladrões
Dificilmente os larápios se deixam amedrontar por um sinal que diga “Cuidado com o cão”. Normalmente esta informação refere-se a cães de grande porte, mas não são destes que os gatunos têm mais receio, mas sim dos pequenos, que ladram mais e mais alto.

Associação a taxistas
Alguns larápios trabalham ‘em parceria’ com taxistas, que os informam de quando o dono da casa ou a família inteira foi de férias. Uma técnica para não correr este risco é apanhar o táxi na partida e deixar o táxi no regresso, perto de casa mas não em frente à porta, para baralhar o informador.

Tecnologia ao serviço dos roubos
Os avanços tecnológicos são usados para o bem e, infelizmente, para o mal. Os assaltos a casas no verão estão a ficar cada vez mais sofisticados e já há gatunos a recorrer a sistemas de inibidores de frequência: dispositivos eletrónicos ilegais, que neutralizam as bandas GSM e rádio e que impedem que se possa fazer chamadas telefónicas ou que um sistema de alarme já antigo emita o alerta para a central.

Outra técnica é a colocação de uma microcâmara dissimulada extensível no óculo da porta e assim obter imagens do interior da casa e da fechadura. Para combater técnicas sofisticadas, nada como recorrer às mais avançadas soluções de segurança do mercado.

As consequências emocionais de um assalto

Ainda que o assaltante seja apanhado e os objetos do furto recuperados, a sensação de ter visto a nossa casa remexida e invadida nunca ficará completamente adormecida e, em muitos casos, as vítimas de assaltos precisam de acompanhamento psicológico e tratamento médico para recuperar deste trauma.

Evite estas consequências. Pondere proteger a sua casa com a ajuda de uma empresa especialista em segurança.

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