Catarina Milheiro
Catarina Milheiro
10 Out, 2023 - 11:00

Como a desordem afeta a sua saúde mental? 5 consequências

Catarina Milheiro

Já refletiu sobre como a desordem pode afetar a sua vida? Stress e quebras na produtividade são apenas alguns dos seus efeitos.

A desorganização pode mesmo prejudicar as nossas vidas em diferentes aspetos: quer a nossa saúde mental como o bem-estar físico. De facto, pensar em como a desordem afeta a sua vida deve ser um exercício realizado por todos.

Em resumo simples, antes de avançarmos para listar as consequências danosas da desordem, é preciso lembra que o problema reside quando nem nós próprios somos capazes de entender a sua dimensão. Ou seja, quando nem nós mesmos conseguimos perceber a desorganização em que vivemos diariamente nas nossas casas, cabeças e até no escritório.

Se num dia nos esquecemos de uma camisola pousada na cadeira do quarto, no outro deixamos a louça por lavar e, até, vamos largando aqueles copos de água pelos móveis da casa.

Quando damos conta, a desordem impera nas nossas vidas e acabamos por entender o porquê de nos sentirmos bloqueados nas mais pequenas tarefas diárias – no trabalho ou na vida em geral.

Entenda como a desordem afeta a sua vida

Nem sempre é fácil mantermos o controlo e a organização no nosso dia-a-dia. Ou porque é inato em nós, ou porque acabamos por nos desleixar por não termos tempo, por termos de tratar de diversos assuntos em simultâneo ou até devido aos programas em família e amigos.

A verdade é que a desordem afeta a sua vida de forma negativa, quer no sentido em que se sente desconfortável no seu próprio lar, quer no ambiente de trabalho.

Afinal, quando sentimos que perdemos o controlo das tarefas que temos para fazer, dos documentos que precisamos de encontrar, dos horários dos miúdos ou até da organização da nossa casa, tudo acaba por se tornar mais difícil nas nossas rotinas.

Por exemplo: ninguém gosta de chegar a casa depois de um dia de trabalho e deparar-se com a cozinha repleta de louça para lavar e a bancada por organizar.

Ou então quando precisamos mesmo de encontrar um documento para entregar ao contabilista e levamos horas a tentar encontrá-lo, porque no momento optamos por não organizar e inseri-lo na pasta indicada para o efeito.

Tudo isto pode prejudicar a sua saúde mental, levando ao aumento da ansiedade, do stress e à diminuição do foco e da produtividade até. Aspetos estes que todos nós devemos evitar ao máximo, principalmente no dia-a-dia acelerado.

Evite as consequências da desordem: listamos 5 a ter em conta

1.

Incapacidade de se focar

Se sente que não consegue fazer nada porque passa os dias a saltar de tarefa em tarefa sem que as consiga concluir, então este é um sinal para o qual deve estar atento.

Quando a desordem é predominante nas nossas vidas, acaba por nos afetar também nas mais pequenas coisas do dia-a-dia – como é o caso da capacidade de foco e concentração.

Para contrariar este aspeto, o ideal é começar a focar-se numa tarefa de cada vez a fim de a concluir. Uma vez terminada, passe à próxima. Verá que conseguirá aumentar significativamente o seu foco.

2.

Dificuldade em tomar decisões

Não há dúvidas de que a desordem afeta a sua vida. Afinal, quando está inserido num ambiente desorganizado os objetos físicos que estão espalhados pelas secretárias ou móveis funcionam como estímulos visuais negativos. Estímulos estes que tentam competir pela sua atenção.

O que significa que, a sua capacidade para tomar decisões fica reduzida, prejudicando assim o seu desempenho no trabalho e em casa com a sua família.

Por isso, se sente que está cansado da desordem na sua vida e que esta é uma das consequências com a qual já se deparou, então está na hora de mudar. Altere alguns hábitos, foque-se numa tarefa de cada vez e reflita quando for necessário tomar decisões – de preferência num ambiente organizado e limpo.

3.

Aumento do stress e da ansiedade

Uma das principais consequências que a desordem pode trazer para os seus familiares e colegas de trabalho é o stress e o mau humor constantes.

Na verdade, quantos mais objetos houver espalhados pelo ambiente, maior será o seu nível de stress e, consequentemente, da tensão que se vive naquele espaço.

Assim, o ideal passa por reduzir os objetos espalhados ao menor número possível: arrume as canetas e lápis numa caixa, organize a papelada por capas, arrume as roupas espalhadas pela casa e opte por manter sempre tudo organizado e limpo.

4.

Sentimento de desconforto constante

Quando temos a casa, o escritório e a mente organizada sentimo-nos de imediato relaxados, descansados e bem connosco de uma forma geral. Por outro lado, quando o contrário acontece, a sensação predominante é a de infelicidade e desconforto.

A explicação reside no facto de quanto maior for a desordem nas nossas casas, mais problemas ela irá trazer – tais como stress ou problemas mentais para todos os moradores.

Por isso mesmo, experimente tirar uma manhã para colocar a casa em dia e organize e limpe tudo. Não tenha medo e perca tempo com esta tarefa. No final, comprometa-se a manter as coisas minimamente em ordem ao longo da semana e verá que não existe nada melhor do que sentir que tudo está no local certo.

5.

Maior probabilidade de desenvolver depressão e burnout

Manter a nossa vida devidamente organizada deve ser uma prioridade. Afinal, só assim conseguimos concretizar tudo aquilo que temos para fazer ao longo do dia de forma eficaz e assertiva.

Se sente que a desordem já parte da sua rotina diária e que isso começa a afetá-lo em termos emocionais e racionais, deve tomar medidas rápidas. O burnout e a depressão são mais comuns do que imaginamos e, muitas vezes, surgem devido a este tipo de desordem que levamos na vida.

A fim de evitar este tipo de situações de saúde complicadas, deve optar por tentar modificar alguns pequenos hábitos: como começar a fazer a cama logo de manhã, colocar a louça do pequeno-almoço na máquina ou até apanhar a roupa do chão e colocar no cesto para lavar.

Por vezes, os problemas estão associados a pequenas atitudes que podemos modificar de forma gradual.

Em caso de precisar de ajuda, converse com alguém em quem confia e com o seu médico.

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