Luísa Santos
Luísa Santos
29 Mai, 2019 - 12:09

Facebook vai lançar uma criptomoeda em 2020

Luísa Santos

Quando parece que a criptomoeda está esquecida, eis que o Facebook inova novamente e mostra que é mais do que uma rede social com esta nova abordagem.

Facebook vai lançar uma criptomoeda em 2020

Tudo indica que 2020 é o ano em que o Facebook se estreia no mundo da criptomoeda. Esta que é uma das formas mais globais e digitais de utilizar dinheiro conseguiu captar o interesse da empresa de Zuckerberg, que se prepara para lançar a sua nova aposta no mundo digital.

A criptomoeda chega às redes sociais

home usa o facebook

Apesar de já ser muito utilizada em todo o mundo, a verdade é que nunca nenhuma criptomoeda esteve associada a uma rede social, nem foi, tão pouco, criada por uma. Esta é, por isso, uma abordagem irreverente por parte do Facebook, que quer facilitar a forma como os seus utilizadores utilizam o dinheiro na Internet.

Algumas moedas eletrónicas, como é o caso da Bitcoin e da Ripple, têm arrecadado fãs um pouco por todo o mundo, até porque não exigem que uma pessoa tenha, efetivamente, uma conta em determinado banco. Por serem tão bem recebidas pelo público, chegou a vez do Facebook avançar com a sua abordagem à moeda digital.

Apresentamos-lhe a GlobalCoin

Apelidada pela rede social como GlobalCoin, a criptomoeda do Facebook chega em 2020, sendo que várias negociações já arrancaram, de forma a garantir que o prazo de lançamento é cumprido por parte da empresa de Zuckerberg.

Até à data, nenhum anúncio oficial foi feito por parte da gigante tecnológica, mas espera-se que mais detalhes sejam adiantados durante o verão de 2019. Ainda que este plano tenha sido conhecido em dezembro de 2018, a verdade é que, até hoje, nenhum avanço tinha sido feito no sentido de criar a GlobalCoin.

No entanto, sabe-se que Zuckerberg já se encontrou com Mark Carney, governador do Banco de Inglaterra, para ultimar mais alguns detalhes desta nova criptomoeda. O Departamento do Tesouro dos EUA foi também contactado pelo Facebook de forma a se conhecer melhor os contornos legais deste tipo de moeda.

Como é que a GlobalCoin vai funcionar?

A ideia principal é que, as pessoas que utilizem a GlobalCoin, não tenham de ter conta aberta num banco. Assim sendo, não será necessário qualquer vínculo do género, pelo que aqueles que só utilizam, por exemplo, a Western Union (uma das melhores formas de transferir dinheiro do estrangeiro para Portugal), poderão também usar a nova criptomoeda.

A GlobalCoin, como o nome indica, tem como objetivo principal a globalização da forma como se utiliza dinheiro hoje em dia. De acordo com Zuckerberg, a ideia é que as pessoas possam enviar e receber dinheiro tão rapidamente como enviam uma foto, por exemplo.

O projeto, também conhecido como Project Libra, quer unir forças com diferentes bancos e tipos de moeda para criar uma solução que, para além de segura, é de fácil utilização e suficientemente atrativa até para os mais céticos. Com esta, para além do envio de dinheiro, será possível fazer compras na Internet.

As possíveis desvantagens

Até ao seu lançamento, a GlobalCoin mantém teóricas as suas proposições. A verdade é que uma criptomoeda exige um nível de segurança que nem sempre foi garantido pelo Facebook enquanto rede social, algo que pode preocupar os utilizadores e, assim, influenciar a sua adesão à nova moeda eletrónica.

Escândalos como o que envolveu a empresa e a Cambridge Analytica estão ainda muito presentes na mente dos utilizadores e a privacidade de dados pessoais é um assunto que continua a estar atual nos dias de hoje. Resta por isso esperar para ver como é que o Facebook vai abordar a nova criptomoeda.

O que são criptomoedas?

criptomoeda

As criptomoedas são moedas virtuais que podem ser utilizadas na Internet. Estas, utilizam criptografia de forma a se tornarem mais seguras durante a utilização. O facto de serem usadas na web faz com que estejam expostas a diferentes perigos, entre eles o roubo de informação por parte de hackers.

Dessa forma, as transações feitas são mais seguras, não só graças à criptografia, mas também ao número de série incluído nessas moedas – que, por sua vez, evita possíveis falsificações. As criptomoedas podem ser compradas e podem, também, ser depois trocadas por uma moeda convencional (como o Euro, por exemplo).

No entanto, este processo pode parecer mais simples do que na verdade é. É preciso ter cuidado com as plataformas às quais recorre para converter Bitcoin em Euros, pelo que deve primeiro saber quais são os melhores sites para o efeito (e os mais seguros).

A primeira moeda do género, a Bitcoin, foi lançada em 2009 e criou uma grande curiosidade não só em bancos como em grandes empresas, que hoje em dia também utilizam estas moedas digitais. Esperemos, por isso, por 2020 para ver qual será a taxa de sucesso das GlobalCoin, a criptomoeda do Facebook.

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