Se falarmos de todos os produtos lançados por aquela que é uma das maiores multinacionais de serviços online e software, quase todos os casos foram de sucesso, à exceção do Google+. Aquela que deveria ser a maior concorrente do Facebook, acabou por ser uma rede social que não conseguiu a quantidade de utilizadores desejada.
Morreu o Google+
Fonte da Imagem: Google+/Divulgação
A decisão já tinha sido anunciada em dezembro de 2018, pelo que o destino do Google+ estava escrito, até efetivamente terminar. Esta foi uma plataforma projetada pela Google que ambicionava ser a próxima rede social “do momento”, ao ponto de fazer concorrência ao Facebook.
Baseando-se em círculos de amigos e familiares, definidos pelo utilizador, era partilhado conteúdo relevante para os envolvidos, numa rede de conexões que crescia à media que cada pessoa entendesse. Para além de partilhas, também os comentários e likes eram permitidos, pelo que o funcionamento era semelhante a outra rede social nesse sentido.
Decorrido um mês do primeiro anúncio, a empresa comunicou que a data de encerramento do Google+ seria o dia 2 de abril de 2019. A partir daí, todo o conteúdo partilhado na plataforma começaria a ser apagado pela Google, mas esta é uma ação que se vai prolongar, ainda, por alguns meses.
A informação (ainda) pode ser recuperada
Ao aceder ao site do Google+ irá deparar-se com uma página que anuncia que a rede foi terminada. Assim sendo, será naturalmente impossível aceder à sua conta se fosse isso que inicialmente pretendia. A verdade é que tanto as contas pessoais como as profissionais (associadas a empresas ou marcas) foram permanentemente encerradas.
No entanto, se era utilizador desta plataforma e quer reaver o conteúdo e informações lá partilhadas, saiba que pode fazê-lo e a Google explica como. Mesmo depois de eliminar a rede social, a empresa permite que toda a informação partilhada seja, assim, guardada nos dispositivos pessoais de cada utilizador.
Google+ é encerrado: o que aconteceu
Fonte da Imagem: Google+/Divulgação
Desde cedo que o Google+ não atingiu a adesão desejada pela empresa americana, uma das maiores no que toca ao desenvolvimento de serviços online e software. Apesar de ser impossível não ter em conta esse motivo, a razão que ditou o fim da plataforma foi outra.
Num relatório divulgado pelo The Wall Street Journal, descobriu-se que um bug do Google+ possibilitou a divulgação de informação privada de quase meio milhão de utilizadores. Mais grave ainda foi o facto da Google não ter divulgado a situação quando a mesma aconteceu.
Na verdade, a empresa só veio a público esclarecer a situação meses mais tarde, descredibilizando-se junto dos seus utilizadores e do público em geral, que espera que os seus dados se mantenham privados e não possam ser acedidos ou consultados por terceiros.
E como “não há uma sem duas”, outra falha de segurança grave aconteceu meses após a primeira, implicando mais de 50 milhões de utilizadores dessa vez. O conjunto de erros fez com a Google antecipasse a decisão de encerrar o Google+ para mais cedo do que foi previsto inicialmente.
Adesão foi menor do que a esperada
Para concorrer com serviços como o Facebook, o Google+ tinha muito que provar à comunidade, reunindo uma série de fatores diferenciadores, algo que nunca alcançou. De facto, para além da adesão ter sido (muito) abaixo daquilo que inicialmente se esperava, a verdade é que quem tinha conta criada raramente a usava.
Foram pensadas e implementadas estratégias que pudessem ganhar a confiança das pessoas, incluíndo a fusão da rede com o YouTube. No entanto, e com receio que a plataforma de partilha de vídeos perdesse a reputação que sempre teve, a Google acabou por não avançar com a decisão.
Ainda que o Google+ tivesse serviços diferenciadores e úteis para os utilizadores, como é o caso do Photos e do Hangouts, estes não estavam a conseguir a utilização esperada enquanto integrantes de uma rede social que, no fundo, não estava a ser utilizada.
Foi nesse sentido que ambos os serviços, entre outros, foram transformados em aplicações independentes que o utilizador pode instalar e usar em qualquer altura. Na verdade, este são serviços que, atualmente, são muito utilizados, precisamente por não funcionarem mais com base no Google+.
Google: os serviços que valem a pena
São muitas as opções que a Google ainda oferece e que são resposta a necessidades que nem sabíamos existir. Desde guardar tudo quanto pode numa cloud a fazer chamadas de vídeo com pessoas do outro lado do mundo. As possibilidades são imensas e, de facto, independentes umas das outras.
Mas não só de serviços online é feita a Google (como o Google Calendar, o Inbox, o Chrome, o Gmail, o Google Maps, entre tantos outros), que se aventura, também, a desenvolver software para Android, a produzir smartphones topo de gama, a desenvolver gadgets de assistência pessoal, entre tantas outras valências que comprovam a excelência desta empresa.
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