Lourenço Lopes
Lourenço Lopes
27 Jun, 2016 - 09:15

Ingleses abandonam a UE e deixam a Europa em estado crítico

Lourenço Lopes

Os cidadãos Ingleses e Galeses dizem sim ao referendo Brexit e não só dividem o Reino Unido como intimidam o futuro europeu.

Ingleses abandonam a UE e deixam a Europa em estado crítico

Vivem-se momentos históricos no seio do velho continente. Os Britânicos foram a votos com a tarefa de decidir se o Reino Unido deveria ou não permanecer no convívio da União Europeia.

Ora, embora divididos, a sua principal força, a Inglaterra, disse sim ao referendo, situação que está a gerar grande instabilidade nos restantes países da Comunidade.

Consequências económicas

As consequências desta escolha serão, todavia, devastadoras para a economia mundial. E os primeiros sinais disso mesmo foram bastante elucidativos.

As principais bolsas europeias entraram em terrenos bastante negativos, poucas horas depois de serem conhecidos os resultados do ato eleitoral. Os investidores perderam uma quantidade exorbitante de dinheiro, cenário que, com o passar do tempo, irá certamente piorar cada vez mais.

Consequências políticas

Este novo paradigma não se alimenta apenas de problemas financeiros. Também a nível político a votação irá dividir e afastar cada vez mais os diferentes partidos, algo nada saudável para os interesses do país.

Também é muito provável um conflito cada vez mais intenso dentro do Reino Unido, com os países como a Escócia e a Irlanda, que rejeitaram o Brexit, a colocarem em cheque a sua permanência no Reino Unido. Isto apenas no plano interno.

No plano externo, e na relação com os outros países, as coisas parecem ser ainda menos animadoras. A Europa sente este abandono como uma traição e, nesse sentido, promete igualmente voltar as costas aos ditos traidores. Nota ainda para o possível abandono da UE da França, que pode deixar a comunidade em colapso total.

No que diz respeito a Portugal, as empresas estão expectantes com o desenlace da situação, confiantes que o Reino Unido permanecerá na UE, mas preparadas para responder em conformidade caso isso não aconteça.

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