Share the post "O que fazer com o primeiro ordenado para garantir futuro financeiro?"
Receber o primeiro ordenado é uma conquista que merece ser celebrada, pois, é sinal de autonomia e trabalho reconhecido. É natural querer celebrá-lo, mas é também a altura ideal para começar a pensar mais à frente. Com algumas decisões inteligentes logo de início, esse salário pode ser mais do que uma recompensa, pode tornar-se a base de um futuro financeiro tranquilo.
Como transformar o primeiro ordenado numa base financeira sólida
O entusiasmo de ver o saldo da conta a subir pela primeira vez é real. Com ele, vêm planos e vontades, mas esta também pode ser uma oportunidade para definir hábitos simples que façam realmente a diferença a longo prazo. É o momento certo para construir uma relação equilibrada com o dinheiro, por isso, deixamos alguns passos para começar com o pé direito.
Entenda o valor real do ordenado
Antes de começar a fazer planos com o primeiro salário, é importante perceber quanto dinheiro fica realmente disponível, pois, o valor que aparece no contrato raramente é o que entra na conta. Entre impostos, descontos para a Segurança Social e outras retenções, o que sobra é o chamado ordenado líquido e é com esse que se vai viver.
Crie um orçamento simples à sua medida
Um orçamento pessoal é uma ferramenta básica para qualquer pessoa que queira saber para onde vai o dinheiro. No fundo, é desenhar um mapa: o que entra todos os meses, o que sai (em despesas fixas como renda, transportes e alimentação), o que varia (como lazer ou roupa) e, idealmente, o que pode ser poupado ou investido.
Há quem use a famosa regra dos 50-30-20: metade para necessidades, 30% para desejos e 20% para poupança ou amortização de dívidas, mas existem fórmulas universais, porque cada pessoa tem a sua realidade. O mais importante é criar um plano que faça sentido para si e que consiga cumprir sem frustração.
Dê prioridade à poupança desde o início
É fácil cair na ideia de que poupar só faz sentido quando se ganha mais, mas é precisamente no início que vale a pena criar esse hábito. Quanto mais cedo se começa, mais natural se torna e mais tempo o dinheiro tem para crescer.
Não é preciso começar com grandes quantias.
Mesmo que o valor poupado seja pequeno, o importante é a consistência. Abrir uma conta separada só para poupanças ou programar uma transferência automática logo após receber o ordenado pode fazer toda a diferença. Assim evita-se a típica armadilha “guardo o que sobrar”, porque, sejamos honestos, raramente sobra.
Crie um fundo de emergência
Imprevistos acontecem, por isso, o melhor é estar preparado. Ter um fundo de emergência é isso mesmo: um valor posto de parte para quando a vida resolve trocar as voltas, seja por uma despesa médica, uma avaria no carro ou uma mudança de emprego.
Juntar o equivalente a 3 a 6 meses de despesas essenciais pode ser objetivo ambicioso, mas não tem de ser alcançado de uma só vez, muito menos logo no início. O importante é começar, mesmo que se comece com pouco, cada euro conta para construir uma reserva que traz tranquilidade quando mais se precisa.
Livre-se de dívidas ou evite que apareçam
Se já existir alguma dívida, como um cartão de crédito, um empréstimo estudantil ou outro tipo de financiamento, vale a pena usar parte do primeiro ordenado para começar a reduzi-la, quanto mais cedo se tratar do assunto, menos impacto terá mais tarde.
Se ainda não há dívidas, perfeito, pois, a melhor estratégia é mesmo evitar que apareçam. Isso não significa fugir de qualquer crédito, mas sim usá-lo com critério e só quando for realmente necessário. Começar a vida financeira com o pé direito passa por manter o controlo desde o início.
Comece a explorar o mundo do investimento
Com o orçamento definido, a poupança a crescer e o fundo de emergência encaminhado, surge uma nova possibilidade: investir. Esta é uma forma de fazer o dinheiro evoluir ao longo do tempo e abrir caminho para objetivos de médio e longo prazo.
Existem várias opções acessíveis para quem está a dar os primeiros passos, como certificados de aforro, fundos de investimento, certificados do Tesouro ou planos de reforma. Antes de escolher, é importante perceber qual o seu perfil de investidor e avaliar o risco que está disposto a assumir.
Aproveite o presente com equilíbrio
Receber o primeiro ordenado é um marco importante e merece ser valorizado. O segredo está em encontrar o equilíbrio entre viver o presente e cuidar do futuro, por isso, incluir no orçamento espaço para pequenos prazeres torna a gestão financeira mais leve e sustentável ao longo do tempo. Afinal, desfrutar do agora também é uma forma inteligente de manter a motivação para poupar no futuro.
Agora que o primeiro salário chegou, que tal transformá-lo no ponto de partida para um futuro mais leve, estável e alinhado com os seus sonhos?