A União Europeia é realmente uma organização supra-nacional cujos objectivos gerais devem ser iguais para todos os estados-membros, mas quando falamos em economia, o caso muda de figura e não podemos analisar um país só por pertencer à União Europeia.
O aumento de 485 euros para 505 euros do salário mínimo nacional é no mínimo uma situação caricata, porque ninguém vai conseguir melhorar a sua qualidade de vida por, apenas, mais vinte euros mês. Basicamente estes dias não questionaram as necessidades reais da sociedade civil, mas sim o que, aparentemente, seria uma solução que não custasse muito dinheiro ao estado e servisse para ‘calar’ quem recebe menos.
Na Europa as coisas são diferentes, muito diferentes. Por exemplo, o salário médio na União Europeia é de 823,30€ (dados Eurostat 2014), Luxemburgo lidera a lista de países que têm o salário mínimo nacional mais alto, em 2013, o valor era de 1874 euros, segue-se a Bélgica com 1502 euros, Holanda, França, Irlanda na casa dos 1400 euros e o Reino Unido com 1200€.
No final da tabela encontram-se países como Portugal, Polónia, Croácia, República Checa, Letónia, entre outros. Porém, todos estes afastam-se bastante da média da União Europeia. Uns casos mais particulares que outros, apercebemo-nos que as diferenças económico-financeiras são um entrave para alcançar a estabilidade.
Em suma, não são 20 euros que vão aproximar-nos da média Europeia, vão gerar mais ricos, nem vão evitar que o Português continue a contar os trocos… basicamente esta aprovação é o resultado irrisório de um debate político que nunca envolveu as necessidades gerais dos cidadãos portugueses.
Veja também: