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O primeiro centro de Excelência da NATO em Portugal foi inaugurado no dia 20 de outubro. A cerimónia foi liderada pela Ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, e contou com a presença do almirante Henrique Gouveia e Melo e de César Pires Correia, capitão-de-mar-e-guerra e diretor do centro.
Este centro multinacional teve financiamento e recursos humanos de 4 países – Portugal, Espanha, Roménia e Turquia – e faz investigação em 3 áreas: geografia, meteorologia e oceanografia.
O MGEOMETOC COE (NATO Maritime Geospatial, Meteorological & Oceanographic Centre os Excellence), encontra-se sediado no Instituto Hidrográfico da Marinha Portuguesa. E o seu objetivo é potenciar a postura marítima da Aliança NATO, bem como o prestígio e o reconhecimento internacional – associados à liderança no domínio GEOMETOC Marítimo.
Ficou interessado? Saiba para o que vai servir e por que motivo foi implementado em Portugal.
O primeiro centro de excelência da NATO em Portugal: o que é e para o que vai servir
Apesar de já se encontrar a funcionar, a inauguração do primeiro centro de excelência da NATO em Portugal aconteceu no passado dia 20 de outubro.
Portugal como Nação-Quadro, juntamente com a Roménia, Espanha e Turquia como nações patrocinadoras, estabeleceram o NATO MGEOMETOC COE em Lisboa. E são responsáveis pela sua administração e financiamento.
Desta forma, o MGEOMETOC COE tornou-se no 28.º Centro de Excelência a ser acreditado pela NATO e o primeiro em Portugal.
Os responsáveis dos 4 países envolvidos tentam encontrar e desenvolver novas tecnologias e processos em interligação com indústrias e universidades. O que significa que, os investigadores vão aproveitar este tipo de funcionalidades para experimentar, formar e treinar.
Através deste centro, será possível então aprimorar o conhecimento oceanográfico em conjunto com outros organismos, a fim de fazer novas experimentações, formar novos profissionais e mais importante do que isso: treiná-los.
Assim, será mais fácil prevenir e gerir futuras crises, manter a segurança cooperativa e ainda defender não só o nosso país, como os outros envolvidos também.
Porquê em Portugal?
Helena Carreira mencionou na inauguração do primeiro centro de excelência da NATO em Portugal que o nosso país vê o contributo para a NATO “como mais do que apenas a percentagem de PIB investido em equipamento” e salientou a importância do investimento em capacidades e conhecimento.
No fundo, para além da importância técnica e militar, este é também um reconhecimento internacional de todo o trabalho que se faz no nosso país.
A Ministra da Defesa Nacional acrescentou ainda “Acreditamos que é a nossa responsabilidade contribuir para a posição da Aliança no campo em rápida evolução do conhecimento oceanográfico e garantir que temos a informação e as capacidades necessárias para as nossas tarefas essenciais: dissuasão e defesa, prevenção e gestão de crises e segurança cooperativa”.
Um pouco mais sobre a Nato e as suas funções
Trata-se de uma sigla em inglês “North Atlantic Treaty Organization”, que corresponde em português a “Organização do Tratado ao Atlântico Norte” (OTAN).
É também conhecida como Aliança Atlântica, visto que inclui países do continente europeu e norte-americano (que estão separados pelo Oceano Atlântico). E foi fundada com o objetivo de os países que fazem parte desta organização se possam defender uns aos outros.
Atualmente, fazem parte 30 países:
- Portugal;
- Bélgica;
- Albânia;
- Alemanha;
- Bulgária;
- Canadá;
- República Checa;
- Croácia;
- Dinamarca;
- Eslováquia;
- Eslovénia;
- Estónia;
- Estados Unidos;
- Espanha;
- Holanda;
- Grécia;
- França;
- Itália;
- Hungria;
- Islândia;
- Letónia;
- Luxemburgo;
- Lituânia;
- Noruega;
- Macedónia do Norte;
- Montenegro;
- Reino Unido;
- Polónia;
- Roménia;
- Turquia.
A NATO defende a resolução pacífica dos conflitos. No entanto, é uma instituição militar altamente preparada para entrar em guerra a qualquer momento.
Para além disso, as suas missões tentam restabelecer a paz e garantir a segurança mundial. Trata-se, portanto, de um organismo essencial.
E qual é o papel do nosso país na NATO?
Portugal faz parte da organização desde o dia em que foi fundada (a 4 de abril de 1949). Por isso mesmo, já participou em várias missões em 4 continentes do mundo.
Importa referir que as missões em que o nosso país participa são em território internacional e sempre em conflitos que não envolvem Portugal de forma direta. Apesar disto, os militares que combatem nos países onde se situam os conflitos, enfrentam uma guerra a sério e real onde colocam em prática tudo o que aprenderam ao longo do tempo.
E se se questiona se a NATO tem Forças Armadas próprias, saiba que a resposta é não.
Os contingentes da NATO são formados pelas forças Armadas dos países que fazem parte da mesma. O que significa que, quando é necessário organizar uma missão, os países disponibilizam soldados e equipamento das suas próprias Forças Armadas.