David Afonso
David Afonso
21 Abr, 2022 - 11:08

Sistema ESP: fundamental para o controlo do automóvel

David Afonso

O sistema ESP é fundamental para a sua segurança ao volante. Saiba como funciona e qual a sua importância.

sistema ESP

Muita coisa mudou desde que o primeiro Sistema ESP foi instalado num carro, em 1995. O tempo demonstrou que o ESP é um elemento de segurança ativa tão importante que se torna obrigatório para todos os veículos.

Neste artigo vamos abordar o que é o Sistema ESP e todos os pontos que o tornam num dos mais importantes sistemas de segurança automóvel.

O que é o Sistema ESP?

O sistema ESP é um sistema de segurança ativa que atua quando se atinge um limite crítico de aderência. O sistema ajuda o condutor a controlar o veículo, travando as rodas individualmente e ajustando a potência do motor.

O nome “ESP” significa Elektronisches Stabilitätsprogramm (em alemão para “Programa Eletrónico de Estabilidade”). O sistema foi desenvolvido pela Bosch e Mercedes-Benz e o primeiro modelo a ser instalado foi o Mercedes Classe S (W140), em 1995. A maioria dos fabricantes usa o mesmo nome, mas derivado do inglês (Programa de Estabilidade Eletrónica). Outras marcas têm as suas próprias marcas para este sistema tais como VDC, VSC, ESC ou DSC.

Como funciona o sistema ESP?

Este sistema eletrónico de segurança verifica se o movimento do volante corresponde à direção real em que o veículo circula. Para tal, utiliza vários sensores para medir o ângulo de direção, a velocidade das rodas, o ângulo de direção e a aceleração transversal. Estes são:

  • Sensor do ângulo do volante: este sensor não só indica quanto rodou o volante, mas também a que velocidade o rodou.
  • Sensores de rotação de rodas: estes são os mesmos que os dos travões dos sistema ABS.
  • Sensor de posição do acelerador: como dissemos anteriormente, o ESP precisa da colaboração de vários sistemas para funcionar, entre eles, o motor.
  • Sensores de aceleração lateral: estes dizem ao controlo de estabilidade se o carro está ou não a virar uma esquina. Se o sensor no volante disser-lhe que o carro está a virar à direita, mas não há aceleração lateral, significa que o carro ainda está a andar a direito e, portanto, precisa de agir.
  • Um giroscópio: este sensor diz ao sistema se o carro tenta rodar sobre o seu próprio eixo, como uma capota giratória.
  • Unidade de controlo: como sempre, um computador compara os dados que recebe dos sensores com os dados que deveria ter. Se corresponderem, tudo está bem; caso contrário, o trabalho tem de ser feito.

Se ocorrer uma viragem mais brusca ou o carro “fugir” em estrada, por exemplo, ao derrapar em superfícies escorregadias ou ao executar uma manobra evasiva, os sensores intervêm em frações de segundo para atuar nos travões do veículo seletivamente em cada roda e regulam o fornecimento de binário do motor para a estabilizar. Isto reduz o deslizamento e restabelece a trajetória do veículo.

Qual a sua importância no contexto automóvel?

Estudos mostram que o ESP previne até 80% dos acidentes de derrapagem. A importância do sistema ESP na segurança é tão grande que desde 1 de novembro de 2014 é obrigatório que todos os veículos novos comercializados na União Europeia sejam equipados com este sistema como padrão.

Tal como com o ABS, o sistema ESP está sempre ativo (a menos que o desligue com o botão apropriado) e passará despercebido, exceto quando tiver de agir. Quando o ESP faz efeito, notará uma vibração e um ruído de travagem, causados pelo sistema de travagem, alternadamente travando e libertando os travões nas rodas necessários para manter o carro na trajetória correta. Veremos também a luz laranja no painel de instrumentos.

Neste ponto, é importante lembrar que a ESP não tem olhos. A única forma de saber para onde queremos ir é através do que lhe dizemos para fazer com o volante, por isso é muito importante que lhe demos esta informação.

Com efeito, fica claro em cada um dos pontos que o sistema ESP faz a diferença e permite uma condução mais segura e… em linha!

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