Valdemar Jorge
Valdemar Jorge
05 Fev, 2024 - 14:40

Austin Mini: o clássico que insiste em estar na moda

Valdemar Jorge

O Austin Mini 1000, 56 anos após o lançamento, continua a ser um modelo cobiçado. Uma verdadeira história de sucesso.

Austin Mini 1000 vermelho

Ao vermos o Mini da atualidade é difícil não recordar o Mini de 1959, criado por Sir Alec Issigonis. Modelo compacto, de duas portas e quatro lugares, o Austin Mini original é, atualmente, considerado um ícone da cultura britânica dos anos 1960 e que influenciou toda uma geração de fabricantes de automóveis.

Design compacto, agilidade, tração dianteira, motor transversal e económico foram fatores que ditaram o seu sucesso, nomeadamente junto de muitas famílias.

O Austin Mini 1000 foi um dos modelos da série Mk II do Mini, lançado em outubro de 1967 pela British Motor Corporation (BMC), no Salão Automóvel Britânico.

O modelo desta série – MK II – destacava-se do original por ter um grelha redesenhada,  novo perfil, o vidro traseiro tinha maior dimensão e os farolins traseiros eram também maiores e com desenho angular.

O motor de quatro cilindros em linha de 998 cc debitava 38 cv de potência e 69 Nm de binário. A velocidade máxima era de 116 km/h e a aceleração 0-100 km/h cumpria-se em 27,1 segundos.

A transmissão era manual de quatro velocidades e o consumo de 6,7 litros/100 km. Para os consumos comedidos muito contribuía o facto do Austin Mini 1000 só pesar 620 kg. As suas dimensões eram 3,05 metros de comprimento, 1,41 m de largura e 1,35 m de altura.

Outras características do modelo [foram vendidos 429.000 Minis Mk II], que rapidamente conquistou uma legião de fãs em toda a Europa, era o facto de ter suspensão independente nas quatro rodas e travões de tambor, também nas quatro rodas.

Austin Mini 1000 foi produzido até 1969

De salientar ainda que o modelo britânico foi construído também em versões de furgão, pick-up e como pequeno buggy, o conhecido Mini Moke.

As versões de superior performance adotaram a designação Mini Cooper e Cooper S. Estas foram particularmente bem sucedidas pela irreverência da pintura, geralmente bicolor, desempenho dos motores mais ‘vitaminados’, som de escape marcante.

O sucesso destes pequenos ‘pocket-rocket’ passou muito pela competição, nomeadamente, vencendo o Rali de Monte Carlo em 1964, 1965 e 1967.

Na Grã-Bretanha, e em alguns países, o modelo era vendido sob a marca Austin Mini. Mas também foi produzido em Itália pela Innocenti, na Austrália pela British Motor Corporation (Austrália) ou em Espanha pela Authi.

O Austin Mini 1000 Mk II foi produzido até 1969, altura em que foi lançada a série Mk III e a Mini constitui-se como marca própria.

Mini azul
A associação à BMW fez renascer o icónico Mini

Mini: um estilo de vida

O Mini renasceu graças à aquisição da marca pela BMW, após um período de declínio (décadas de 1980 e 1990). A marca alemã investiu na modernização e ampliação da gama de modelos, indo de encontro às exigências do mercado.

Atualmente a MiniI oferece um porfólio de modernos modelos que vão do clássico hatch de três portas, ao SUV Countryman, passando pelo MINI cabriolet, Clubman e pelo mais recente elétrico.

Em todos mantém-se a filosofia da marca britânica de design retro, condução divertida, tecnologia e personalização das diversas versões para que não haja dois Mini iguais.

Estes são alguns dos atrativos que fazem do Mini, um estilo de vida e um sucesso de vendas.

A par do sucesso comercial o Mini do século XXI continua a somar êxitos no desporto, nomeadamente nas sucessivas participações no rali Dakar onde já conquistou cinco títulos.

O Mini elétrico

Quanto ao futuro, a Mini deverá continuar a somar sucessos e a viajar na estrada da sustentabilidade com oferta de modelos híbridos e elétricos que combinam estilo, conforto e performance.

Deste modo, para 2024, em Portugal, é esperada a quinta geração do icónico modelo Cooper em versão 100% elétrica e de apenas três portas.

A oferta mecânica integra duas opções: uma com 184 cv, bateria de 40,7 kWh de capacidade e autonomia de 305 km, para a versão Cooper E, e outra de 218 cv, com bateria de 54,2 kWh e autonomia anunciada de 402 km, designada Cooper SE.

Outro modelo que deverá chegar a terras lusas é o Countryman. A 3.ª geração do SUV da MINI estreia duas motorizações elétricas com potências de 204 cv e 313 cv e autonomia de até 433 km, entre recargas de bateria.

A Mini disponibilizará ainda motorizações híbridas ligeiras e uma versão desportiva com a chancela John Cooper Works que anuncia 306 cv de potência.

Veja também