Márcio Matos
Márcio Matos
08 Abr, 2024 - 15:50

Pronto para a caminhada na Calçada do Diabo? Fica no Douro

Márcio Matos

O nome correcto é Calçada de Alpajares, mas toda a gente lhe chama a Calçada do Diabo. Rume a uma caminhada inesquecível.

Ponte na calçada do diabo em alpajares

O trilho ribeira do Mosteiro – Calçada de Alpajares pertence ao concelho de Freixo de Espada à Cinta e está integrado no Parque Natural do Douro Internacional. Chamam-lhe a Calçada do Diabo e é um percurso de dificuldade média que reúne uma série de atrações, desde atrativos geológicos a pontos de interesse culturais e arqueológicos.

Por tudo isto, vale a pena fazer este trilho, não se esquecendo de levar sempre consigo calçado confortável, roupa adequada, chapéu e protetor solar (se necessário), água e comida (essencialmente fruta e snacks ligeiros).

Reúna a família ou amigos e parta à descoberta deste percurso repleto de pontos de interesse.

Calçada do Diabo: arranque na ribeira do Mosteiro

Este percurso tem início na foz da ribeira do Mosteiro, seguindo para norte. Atravessa-se a ribeira num pontão e segue-se por um caminho de pé posto até à Calçada de Alpajares, a tal Calçada do Diabo. Aí, começa-se a subir até ao castro de São Paulito, continuando por um caminho vicinal até ao Picão de Ana.

A partir daí o percurso é descente, até à ribeira, passando pela calçada antiga e atravessando a ribeira pela ponte das Alminhas. Siga pela calçada até ao local de Alminhas e vá para sul através da pequena estrada municipal, até chegar ao início do trajeto.

Para além deste percurso tradicional, é possível percorrer dois trajetos alternativos, a saber:

  • até à aldeia de Poiares (derivando do Castro de São Paulito);
  • até ao Castro de Alva e à povoação de Barca d’Alva (derivando da Foz da Ribeira).

Caraterísticas do trilho

Como já referimos, o trilho ribeira do Mosteiro começa e acaba no mesmo local, ou seja, na Foz da ribeira do Mosteiro. Tem cerca de 8km de extensão e o seu grau de dificuldade é médio.

Percorrer este trajeto demora cerca de 3h e é indicado a todos os grupos de pessoas, com mais ou menos experiência em caminhadas. A melhor altura para desbravar este trajeto é na primavera, outono ou inverno, evitando assim o calor mais intenso que se faz sentir nos meses de verão.

Para chegar até ao local, siga o acesso para Alpajares. Na estrada entre Freixo de Espada à Cinta e Barca d’Alva, desvie para a estrada do Candedo / ribeira do Mosteiro, seguindo a partir de:

  • Porto: A4, IC5, EN220, EN22 e EN325;
  • Lisboa: A1, A23, IP2, IC5, EN220, EN221 e EN325.
  • GPS: 41.042181, -6.907926

Todo o percurso está devidamente marcado e sinalizado, com painéis interpretativos disponibilizados ao longo do trilho, e área de merendas para para, descansar e, quem sabe, fazer um piquenique ligeiro.

Aspecto da calçada do diabo

Alguns pontos de interesse

  • As dobras, camadas verticais e falhas nos quartzitos fazem deste um trilho com várias atrações para os fãs de geologia.
  • A calçada de Alpajares e os castros de São Paulito e de Alva guardam vestígios arqueológicos que vale a pena ficar a conhecer.
  • A flora e fauna locais são muito ricas, com a possibilidade de observar espécies típicas de zonas rochosas, como a cegonha-negra.
  • Os moinhos de água abandonados, pombais, parcelas agrícolas mediterrâneas (amendoais, laranjais e olivais), casario tradicional em Poiares e estação ferroviária de Barca d’Alva fazem parte de um património cultural que define e carateriza esta localidade e pode observar ao longo do percurso.
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