Margarida Ferreira
Margarida Ferreira
14 Jul, 2010 - 00:00

Crédito Habitação: Como Poupar?

Margarida Ferreira

Quem quer poupar num crédito habitação em primeiro lugar tem que estar muito bem informado de todas as condições de várias entidades. Esse é o primeiro passo para começar a poupar logo desde início. Veja as nossas dicas.

Muitos são os critérios que devem determinar a nossa escolha de um crédito habitação e que nos permitem poupar dinheiro logo no inicio do contrato.

Pontos-chave a ter em conta na escolha da instituição bancária para contratar um crédito habitação:

  • Spread: O tão falado spread, que em muitas famílias é o único factor tomado em consideração na escolha do produto. Num artigo anterior já falámos da importância de outros factores inerentes ao crédito habitação. No fundo esta taxa representa a rentabilidade e o risco que o banco está a assumir ao disponibilizar o crédito.
  • TAE: A taxa anual efectiva representa o custo total do empréstimo, pois inclui indexante (Euribor), spread e outros custos como seguros, portanto, quanto mais baixa, mais está a poupar.
  • Adesão a outros produtos: Os bancos oferecem as melhores taxas a quem adere a uma maior quantidade dos produtos da instituição, nomeadamente, cartões de crédito, seguros, PPRs e outros. Tem que fazer contas e perceber se compensa usufruir das taxas baixas com todos esses encargos adicionais, ou então não aderir aos produtos e ter uma taxa mais alta.
    Na maior parte dos casos, em especial no que concerne ao seguro de vida associado ao crédito habitação, e como as margens comerciais dos Bancos são extremamente elevadas face à média do mercado Segurador, compensará sempre consultar outras alternativas que permitirão poupar vários milhares de euros ao longo da vida do crédito.
    É necessário perceber de qual das formas o crédito fica mais barato, assim como comparar estas mesmas condições em diferentes bancos.
  • Amortizar. Sempre que tiver essa possibilidade amortize o seu crédito. Existem duas boas alturas no ano para o fazer. Na altura dos subsídios: de Natal e de férias. Isto vai permitir-lhe reduzir o prazo e os juros do empréstimo.
  • Euribor. Aqui a decisão reside em escolher a euribor a 3, 6 ou 12 meses. Quanto menor o prazo desta taxa, menor também será o seu valor, ainda que de forma ligeira. Por outro lado, como a revisão é mais frequente porque o prazo é curto, também qualquer descida ou subida reflecte-se mais rapidamente.
  • Entrada inicial. É muito importante uma recheada entrada inicial, pois contribui para a diminuição do valor total do crédito, para o valor de cada prestação e consequentemente beneficiará de uma melhor taxa de juro. O aconselhável é uma entrada de 10% do valor da casa. Por isso, se ainda não tem esse capital, coloque a hipótese de adiar essa decisão e assim juntar o montante ideal para a entrada da sua futura casa.
  • Melhor altura para comprar casa. É importante ter a noção de qual a melhor altura para comprar casa. Com a situação económica e a incerteza dos mercados, é importante saber esperar por uma baixa no valor das casas ou melhores condições de crédito por parte dos bancos.

Para poupar é necessário uma atenta pesquisa do mercado, fazer bastantes comparações dos encargos, assim como negociar as condições revela-se fundamental.

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