Foi hoje proposto aos deputados do grupo de trabalho parlamentar de regulação da concorrência e defesa do consumidor, que fosse criado um plano nacional de educação financeira, além de um centro de mediação de conflitos e litígios financeiros.
O SEFIN – Associação Portuguesa de Consumidores e Utilizadores de Produtos e Serviços Financeiros, refere a disparidade existente no contrato estabelecido entre o consumidor e a instituição financeira e considera que neste campo o Banco de Portugal devia ser mais interventivo.
De acordo com declarações de António Júlio Almeida, o presidente do SEFIN, “num momento de crise há que proteger as pessoas sobreendividadas“. Além disso, “as instituições financeiras praticam os preços que querem. Devia haver uma prévia negociação com as instituições financeiras antes de fazer um contrato uma vez que os consumidores têm dificuldade nos contratos financeiros”.
O presidente deixa o pedido para que os representantes de associações de consumidores também participem em orgãos sociais dos reguladores e supervisores financeiros.
Para concluir, a proposta passa pelo desenvolvimento de um plano nacional de educação financeira, criar um centro de mediação e arbitragem para o sector financeiro e desenvolver “mecanismos regulares” para que a opinião e a vontade dos consumidores fossem ouvidas.
O SEFIN, um forte defensor da educação financeira, acredita que tal permite aos consumidores estarem conscientes das oportunidades de mercado e os riscos inerentes, de forma a que assim sejam tomadas decisões com conhecimento de causa.