O Cubo de Rubik é um dos brinquedos mais icónicos do mundo, desafiando a mente de milhões de pessoas desde a sua invenção. Criado em 1974 pelo professor húngaro de arquitetura, Erno Rubik, este cubo mágico foi originalmente concebido como uma ferramenta educativa para ensinar conceitos de geometria tridimensional aos seus alunos.
No entanto, o que começou como um simples modelo para explicar princípios de espaço e formas, rapidamente se tornou um fenómeno mundial de entretenimento e lógica.
O primeiro nome dado ao cubo foi “Cubo Mágico”, e Rubik não tinha a intenção de criar um quebra-cabeças comercial. Inicialmente, utilizava o cubo para ilustrar a teoria dos grupos e as transformações geométricas, mas, ao dar o cubo a outros professores e alunos, percebeu o enorme potencial da sua invenção como um passatempo. Em 1975, Rubik patenteou o design na Hungria, e, em 1977, o cubo começou a ser produzido em massa.
Mas foi apenas em 1980 que o brinquedo explodiu em popularidade global, após ser licenciado para a empresa americana Ideal Toy Corporation. Foi então que o nome mudou para “Cubo de Rubik” e começou a ser vendido em todo o mundo. Nos primeiros anos, foram vendidas milhões de unidades, tornando-se um dos brinquedos mais vendidos da década de 1980.
O desafio do cubo mágico
O cubo de Rubik consiste num quebra-cabeças com seis faces, cada uma coberta por nove quadrados de cores que podem ser girados em três direções.
O objetivo é conseguir que todas as faces do cubo apresentem a mesma cor em cada um dos lados, o que parece simples, mas na prática é extremamente desafiador. As combinações possíveis de movimentos cifram-se na casa dos… quintilhões, mas há apenas uma solução correta.
Apesar do desafio que o cubo representa, milhões de pessoas ao longo das décadas têm tentado resolvê-lo. Alguns conseguem resolver o cubo em minutos ou até segundos, enquanto outros podem passar horas ou até dias sem encontrar a solução.
Curiosidades sobre o cubo
- Recordes de velocidade: O speedcubing é o termo utilizado para a prática de resolver o cubo de Rubik no menor tempo possível. O recorde mundial atual pertence ao norte-americano Max Park, que conseguiu resolver o cubo em apenas 3,13 segundos em 2023.
- O cubo no espaço: O cubo de Rubik chegou até ao espaço! Em 1995, o astronauta Chris Hadfield levou um cubo de Rubik para a Estação Espacial Internacional. Ele queria ver como o cubo se comportava em gravidade zero e acabou por resolvê-lo no espaço.
- A fórmula para resolver o cubo: Matemáticos e entusiastas de quebra-cabeças descobriram que qualquer configuração do cubo de Rubik pode ser resolvida em 20 movimentos ou menos. Este número é conhecido como o “Número de Deus”, uma referência à ideia de que mesmo uma entidade omnisciente não precisaria de mais de 20 movimentos para resolver o cubo.
- Influência cultural: O cubo de Rubik apareceu em inúmeros filmes, programas de televisão e videojogos. Um dos exemplos mais notáveis é o filme “À Procura da Felicidade” (de 2006), em que o protagonista, interpretado por Will Smith, impressiona um empresário ao resolver o cubo de Rubik.
- Cubos com diferentes números de faces: Embora o cubo original tenha 3×3 quadrados em cada face, foram criadas versões mais difíceis, como o cubo de 4×4 (chamado Cubo do Vingador) e até o cubo de 17×17, destinado a verdadeiros entusiastas.
E nos dias de hoje?
Mesmo com o surgimento de muitos outros quebra-cabeças e brinquedos eletrónicos, o cubo de Rubik continua a ser popular. A Internet ajudou a revitalizar o interesse pelo cubo, com milhões de tutoriais e vídeos de pessoas a resolverem-no de várias formas.
A prática de speedcubing tornou-se uma subcultura própria, com competições internacionais e milhares de adeptos em todo o mundo. Além disso, também é utilizado como ferramenta educacional em áreas como a matemática e a ciência da computação, ajudando os alunos a desenvolverem competências de resolução de problemas e pensamento lógico.
Volvidos 50 anos desde a sua invenção, o cubo de Rubik é muito mais do que um simples brinquedo: é um desafio intelectual, uma peça cultural e um objeto de fascínio. Agora, tente resolvê-lo de novo…