Miguel Pinto
Miguel Pinto
28 Mar, 2024 - 11:07

Eslovénia: viagem à terra onde os Alpes encontram o Mediterrâneo

Miguel Pinto

A Eslovénia é um dos países que não vai querer perder. Entre montanhas e praia, um roteiro por uma paisagem fascinante.

Eslovénia

A Eslovénia é um país fantástico. Ainda algo desconhecido da maioria, mas com uma história que se estende por vários séculos. Atualmente, é um dos destinos em crescendo dentro da União Europeia, mas o caminho foi longo para chegar até aqui.

Ao longo dos séculos, muito povos por ali passaram, desde os celtas até ao inevitável Império Romano, deixando marcas, quer no património, quer em alguns costumes do país.

Logo após o final da Segunda Grande Guerra, em 1945, a Eslovénia acabou por ser integrada num novo país, que se viria a chamar República Socialista federativa da Jugoslávia. Desta nova não, controlada durante anos pela mão de ferro do infame marechal Tito, faziam ainda parte a Sérvia, a Croácia, a Bósnia Herzegovina, o Montenegro e a Macedónia.

Foi um tempo de privação das liberdades individuais, com a maior parte dos territórios anexados no pós-guerra a tornarem-se virtualmente desconhecidos para a maioria dos turistas.

A Eslovénia não fugiu a essa regra, só agora começando a ser redescoberta. Com uma população pouco superior a dois milhões de habitantes, tem cerca de 40% do seu território na região montanhosa dos Alpes, se bem que também conte com uma considerável orla costeira na zona do Mediterrâneo.

Eslovénia: as maravilhas a descobrir

Florestas, montanhas, vilas medievais, lagos: assim é a Eslovênia. Apesar das suas reduzidas dimensões, possui a beleza digna de um continente e mostra cenários que nos fazem lembrar os livros infantis.

Ali, onde os Alpes encontram o Mediterrâneo e a Europa Central se depara com os Balcãs, este país torna-se num excelente destino turístico ainda menos explorado, e concorrido, do que a vizinha Croácia, por exemplo.

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Ljubljana

A capital da Eslovénia, Ljubljana, é uma cidade cheia de charme, vida e beleza. Fundada no ano 1 a.C., aqui a história ainda está bem presente, pautada com os pequenos toques de modernidade que vão sendo criados.

Com uma vida animada, principalmente na zona do centro, onde não faltam divertidos bares, cafés, restaurantes e galerias de arte, que podem facilmente ser descobertos a pé ou num passeio de bicicleta.

Mas seja qual for o plano, não pode deixar de provar a cerveja Laško, ou até mesmo a artesanal Human Fish, que é servida no bar Tozd, cuja marca registrada são as bicicletas penduradas na parede.

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Bled

Bled é uma das cidades mais visitadas da Eslovénia, talvez por causa do castelo medieval no topo de uma das suas colinas, pela existência de uma igreja fincada numa pequena ilha no meio de um lado. Ou talvez pelos dois motivos.

Dúvidas não há é sobre a qualidade do saboroso kremšnita, um bolo feito com massa folhada e creme de baunilha (uma espécie de mil-folhas), cuja receita remota aos anos 1950.

praia na eslovénia
A zona costeira da Eslovénia é muito procurada
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Zona vinícola

A Eslovénia tem também uma espécie de Douro vinhateiro: Goriška Brda, a cerca de 120 km a oeste de Ljubljana, onde são produzidos os tintos Merlot e Cabernet Sauvignon, além do vinho originário das uvas brancas Beli Pinot e Rebula.

O cenário é muito familiar aos portugueses que conhecem a região do Douro: estradas sinuosas e estreitas, socalcos que se amontoam quase como escadas até ao céu, com as caves pelo caminho.

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Piran

Piran é uma cidade tipicamente medieval, com ruas estreitas, casas coladas umas às outras, roupas penduradas do lado de fora e restaurantes que servem comida caseira e deliciosa.

Parece uma pequena vila italiana, até porque, por estes lados, também se fala italiano.

Como se pode ver, é um país que merece ser descoberto. A moeda oficial é o euro (que veio substituir o tolar), pelo que não haverá dificuldades acrescidas com câmbios e contas de cabeça.

A Eslovénia pode ser, ainda, o ponto de partida para uma visita mais ampla a alguns países europeus, uma vez que faz fronteira com a Áustria, a Croácia, a Hungria e a Itália. E com o os transportes são de boa qualidade, nada como aproveitar para um roteiro que não vai decerto esquecer.

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