Prebióticos podem ser classificados como compostos de fibras não digeríveis pelo nosso sistema digestivo. É necessário ter em atenção que são considerados fibras, mas nem todas as fibras são prebióticos.
Existem critérios físicos, biológicos e químicos que definem se essas fibras são prebióticos. Alguns dos critérios são:
- Saber se a fibra é resistente ao ácido existente no estômago;
- Determinar se a fibra é fermentada pela microflora intestinal.
O conceito é recente, mas o seu consumo não. Sabe-se que desde a pré-história que o ser humano é consumidor de prebióticos porque eles existem numa grande quantidade de alimentos e existem evidências arqueológicas que o comprovam.
Alimentos com prebióticos
Os prebióticos estão presentes naturalmente em vegetais como o alho, a chicória, a cebola, os espargos, o alho-francês, o tomate, as alcachofras, as bananas, o trigo, a aveia, a soja, entre outros. Mas também se podem adicionar a outros alimentos tais como pães, bolachas, cereais, sumos ou derivados de leite.
São muito importantes ao nível da saúde nutricional, existindo cada vez mais evidências dos seus benefícios. É possível juntá-los aos probióticos criando, assim, um simbiótico.
Existem alguns produtos alimentares que foram transformados, e que são ricos em oligossacáridos e inulina. São essencialmente cereais de pequeno-almoço e bolachas.
Devemos consumir estes alimentos, não só porque têm imensos efeitos benéficos, mas também porque hoje em dia, a maioria das pessoas consome poucas fibras, principalmente as deste tipo.
Vantagens e funções dos prebióticos
Os prebióticos não são calóricos, nem energéticos. O seu consumo é muito benéfico porque estimula seletivamente o crescimento e a atividade de uma ou mais espécies bacterianas no intestino.
No organismo:
- Ajudam na manutenção da flora intestinal;
- Estimulam o trânsito intestinal;
- Contribuem para a consistência normal das fezes prevenindo a diarreia;
- Fazem com que sejam absorvidas pelo intestino só as substâncias necessárias, eliminando assim o excesso de glicose (açúcar) e colesterol -favorecendo desta forma a diminuição do colesterol e triglicéridos totais no sangue;
- Estimulam o crescimento das bifidobactérias, responsáveis por inibirem a atividade de outras bactérias de ação negativa para o organismo;
- Ajudam a evitar o inchaço abdominal, causado pela prisão de ventre e pelo excesso de gases;
- Acidificam o pH intestinal que impede a proliferação de microrganismos patogénicos;
- Protegem o organismo de possíveis infeções, pois estimulam o sistema imunitário intestinal.
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