Afonso Aguiar
Afonso Aguiar
14 Abr, 2021 - 14:37

Afinal, o que é a transmissão semiautomática e como funciona?

Afonso Aguiar

Caixa manual ou automática? Um dilema que suscita discussões entre condutores. A solução poderá estar na transmissão semiautomática. Descubra mais.

caixa de transmissão semiautomática

A maior parte dos apaixonados pela condução são perentórios: a caixa manual permite ter um maior controlo do carro, uma experiência mais pura de condução. No entanto, os que utilizam mais o carro para questões profissionais costumam preferir o comodismo das caixas automáticas. Pelo meio há a mais esquecida transmissão semiautomática.

Esta servirá, teoricamente, para quem gosta às vezes de se deixar levar pela condução, mas ao mesmo tempo usufruir de alguma praticidade no final de um dia trabalho.

Ainda assim, o debate costuma ser sempre o mesmo: caixa automática ou manual. Isto porque o funcionamento da transmissão semiautomática é bastante desconhecido pelo comum dos condutores.

O que é a transmissão semiautomática

Também conhecido como caixa de velocidades manual robotizada, a transmissão semiautomática é, como o próprio nome indica, uma espécie de mistura entre o melhor dos dois mundos.

É, portanto, uma versão híbrida entre a caixa manual e a automática. No entanto, para efeitos técnicos deverá descrever-se a mesma como uma transmissão automática, mas com caixa manual.

Neste tipo de transmissão há uma troca orientada pelo condutor, mas sem ser necessário recorrer ao pedal de embraiagem. Isto porque recorre a equipamentos robotizados para acionar a embraiagem e trocar as engrenagens, graças a módulos sensores e forças ou pneumáticas ou hidráulicas.

Normalmente, para trocar de mudança de forma manual é necessário dar pequenos toques na caixa de velocidades para aumentar ou diminuir a velocidade em que circula. A isto chama-se mudanças sequenciais. Aconselha-se o uso do pedal do freio, ou travão, para trocar de velocidade quando se pretende desacelerar.

Nem todas as transmissões semiautomáticas têm a opção unicamente automática, que se aproxima bastante à original. No entanto, a maioria garante a possibilidade de fazer diminuições de velocidade sem recorrer à caixa.

Como é a caixa de velocidades

A caixa de velocidades de um automóvel com transmissão semiautomática não é como a manual em “H”. Neste caso, o manípulo da caixa dá unicamente para mover para a frente a para trás. Costuma apresentar as seguintes opções:

  • N (Neutral): Posição neutra de ponto morto que deve ser usada ao ligar, antes de acelerar, e desligar. Funciona como uma espécie de “ao ralenti”, uma vez que não bloqueia as rodas de tração;
  • R (Reverse): Marcha-atrás;
  • A/M (Automatic/Manual) ou D/M (Drive/Manual): Permite alterar entre os dois modos, manual ou automático;
  • + e: Utilizados para aumentar ou diminuir a velocidade em que se circula de modo sequencial. É usada apenas para o modo manual.

Que tipo de transmissões semiautomáticas existem?

Existem dois tipos de transmissões semiautomáticas. Pode optar por um sistema totalmente elétrico ou eletro-hidráulico.

Este segundo costuma ser mais suave e originar menos problemas.

Vantagens e desvantagens da transmissão semiautomática

A transmissão semiautomática possui vantagens e desvantagens. Se, por um lado, um carro com transmissão semiautomática é mais caro do que com manual, é ao mesmo tempo mais barato do que com caixa automática.

No mesmo sentido, apesar da transmissão manual se desgastar mais rápido, uma vez que tudo é feito pelo condutor e implica o manuseamento do pedal da embraiagem e também maiores problemas na caixa de velocidades, a semiautomática é, ainda assim, menos eficiente na troca da velocidade do que a transmissão automática. Portanto, mais uma vez, em termos de desgaste situa-se precisamente no meio entre as outras duas.

Em velocidades elevadas, a transmissão mais eficiente e rápida é também aquela que permite menores consumos. Nesse sentido, em termos de consumos, a transmissão semiautomática situa-se no meio entre a mais gastadora (a caixa manual) e a mais poupada (automática).

No entanto, tanto a manual como a semiautomática são melhores para circuitos urbanos. Isto porque permitem circular a velocidades inferiores do que recomendado (o truque de condução apelidado de circular a baixas rotações).

É que a transmissão automática procura sempre que o veículo circule nas rotações ideais, de forma a evitar vibrações desnecessárias.

No final de contas, tudo se resume ao que o condutor pretende, tendo sempre em conta vários aspetos, tais como: o orçamento, gosto pessoal por transmissões automática ou manuais ou híbridas, se conduz mais em auto-estradas e/ou vias equiparadas ou em cidade ou até se é um defensor da velha expressão “no meio é que está a virtude”.

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