Atire a primeira pedra quem nunca teve que responder à pergunta “o que queres ser quando for grande?”. É frequente acontecer enquanto somos crianças, mas durante o nosso crescimento enquanto jovens adultos, a questão não desaparece. Quantas vezes, durante o nosso percurso escolar e mesmo profissional, voltamos a questionar as nossas aspirações profissionais?
A questão colocada a uma criança parece ser fácil de solucionar no futuro. Porém, enquanto crianças não conseguimos perceber a complexidade do processo de transformar a nossas aspirações profissionais em realidade.
Um vez jovens adultos, a verdade é que, embora na realidade já sejamos “grandes”, teremos muitas vezes a sensação de que ainda está tudo ou quase tudo por conquistar.
A realidade diz-nos que um grande número de jovens, atualmente na casa dos 20 anos, ou está indeciso ou olha ainda para o seu futuro profissional como uma folha em branco. Mas a realidade também nos diz que existem ferramentas e estratégias que podem ser colocadas ao dispor de quem necessita ver a luz ao fundo do túnel da gestão da sua carreira.
Vamos conhecer algumas delas para que possa identificar as suas aspirações profissionais, e concretizá-las.
O que são aspirações profissionais e qual a sua importância?
Se quando lhe perguntam quais são as suas aspirações profissionais, responde coisas como “ser financeiramente livre”, ou “ganhar um bom salário numa boa empresa”, fique a saber que isso reflete muito pouco sobre a natureza do trabalho que efetivamente lhe dá prazer fazer.
E se for a uma entrevista de emprego e lhe colocarem essa pergunta, no fundo o que o entrevistador quer saber é que se as suas competências se encaixam bem nas funções do trabalho em questão. As aspirações não se resumem à progressão na carreira, pois é preciso saber, antes de mais, que carreira se quer construir!
Dicas para transformar as aspirações profissionais em sucesso profissional
Aqui ficam então algumas sugestões para que possa definir e atingir os seus objetivos profissionais.
Trabalhar todas as competências: as “soft e as “hard”
As soft skills e hard skills são a chave para concretizar as aspirações profissionais. Afinal, a nossa carreira é definida pelas nossas competências e pelas forma como as colocamos em prática, e não pelas avaliações externas que fazemos do nosso progresso.
Não vai conseguir o emprego dos seus sonhos apenas porque o recrutador concorda que aquele trabalho o vai tornar financeiramente livre ou que vai poder ganhar um bom salário. Isso seria satisfazer-lhe as expetativas, e não satisfazer de todo as da empresa, pois as hipóteses de se enquadrar profissionalmente serão baixas, uma vez que isso não foi sequer considerado.
Esse é um caminho sinuoso que, na melhor das hipóteses, o colocará eventualmente num emprego desinteressante, que, dificilmente, lhe trará realização profissional.
E não estamos apenas a falar das competências palpáveis, ou seja, as hard skills, aquelas que coloca no Curriculum Vitae. É igualmente importante o outro tipo de competências, as soft skills: a capacidade de comunicação, a liderança, a paciência, a persuasão, a capacidade de trabalhar em grupo, a capacidade de se auto-motivar, etc.
Todos os tipos de competências, uma vez desenvolvidas, são fundamentais para concretizar as nossas aspirações profissionais.
Encare a sua carreira profissional da forma mais adequada
Não há nada de errado nas suas aspirações profissionais, mesmo que elas impliquem um aumento de salário ou uma promoção para um lugar melhor na hierarquia da empresa.
Mas pode haver algo de errado na forma como encara a sua carreira. Se se focar inteiramente em melhorar as suas competências para conseguir concretizar as aspirações de aumento de salário e uma promoção, essa é a forma mais indicada para lá chegar. Até porque com certeza o seu trabalho será valorizado.
Trata-se da diferença entre perguntar a si mesmo “ o que posso fazer para que o meu trabalho seja reconhecido, e fazer os clientes ficarem mais satisfeitos” e “ o que devo fazer para ser promovido”.
Além de que a primeira abordagem possa trazer mais frutos e benefícios a longo prazo, poderá ser ainda a resposta que procura para a segunda questão.
Encarar a entidade patronal como um instrutor, não como um juiz
Querer fazer tudo bem de forma a que o empregador fique satisfeito é o primeiro impulso, e isso normalmente implica termos a necessidade de dar a impressão de que temos sempre tudo sobre controlo.
Isso leva a que muitas vezes descuremos algo muito valioso que o patrão pode dar: o seu contributo, o seu insight, a sua ajuda. O envolvimento de quem tem uma posição superior a nós no nosso trabalho não significa que tenhamos falhado, ou que nos considerem inaptos.
Não ver o nosso chefe como um instrutor impede-nos de receber muito do feedback e do input necessários ao nosso crescimento profissional.
Imaginar-se a ser um grande profissional, que domina as suas competências como ninguém, no futuro
É importante nunca deixar de acreditar que é possível tornar-se o exímio profissional que almeja vir a ser. Só assim conseguirá ultrapassar muitos dos obstáculos que aparecerem pelo caminho. Continuar a acreditar nas suas potencialidades evitará cair na tentação de desistir, ou recuar perante adversidades.
Além disso, irá acelerar e muito as hipóteses de evoluir rapidamente. Escreva todas as suas aspirações profissionais atuais numa lista, e olhe para ela frequentemente. Quando voltar a olhar e perceber que se tornaram realidade, vai achar que foi muito mais rápido do que imaginava.
Não deposite nos outros o comando das suas aspirações profissionais
Não “atire” responsabilidades que são suas para os outros. Se a sua carreira não se encontra no ponto que deseja, não culpe todos os que o rodeiam por isso. O poder para melhorar a situação está sempre do seu lado.
Pode haver muitos caminhos para o sucesso. As aspirações profissionais são para concretizar, para bem da nossa realização pessoal. Tornar-se sempre melhor naquilo que faz é sempre uma boa solução. Trabalhe as competências e saiba onde quer chegar.