Já ouviu alguém dizer que é assexual, mas não sabe muito bem o que significa? A verdade é que procurarmos informação e aumentarmos o nosso conhecimento é crucial para vivermos tranquilos em sociedade.
O projeto ABCLGBTQIA+ descreve a palavra como “pessoa que não sente atração sexual por outras pessoas. Não obstante, as pessoas assexuais podem ter relações de intimidade com outras pessoas”.
Assim, a assexualidade é uma orientação sexual que identifica a pessoa que não sente atração por ninguém. No entanto, ser assexual vai muito além de fazer sexo ou não.
Trata-se de algo muito mais complexo e que pode e deve ser vivido com fluidez em todas as suas variações. Está interessado em saber mais? Fique connosco, explicamos tudo.
Ser assexual: o que significa?
Por vezes, ouvir novas palavras, conceitos ou determinações pode gerar alguma confusão na cabeça das pessoas. Contudo, devemos sempre procurar acerca de cada tema para que estejamos devidamente informados e possamos compreender do que se trata.
Por isso mesmo, se já ouviu a palavra assexual nos media, na internet ou até na mesa do café, é importante perceber que se trata, acima de tudo, de uma orientação sexual.
No fundo, a assexualidade é quando a pessoa não sente atração sexual por outras pessoas. Isto é, não há atração por ninguém e não existe uma ação agregada a um desejo erótico.
Esta definição ajuda-nos a compreender um pouco melhor aquilo que as pessoas assexuais sentem, apesar de este ser uma um pouco complexo e difícil de resumir em poucas palavras.
Mas aquilo que é crucial realmente entender, é o facto de que a assexualidade não ser determinada por aquilo que a pessoa faz ou deixa de fazer. Porque na prática, ela pode ser assexual tendo relações sexuais ou não.
Na verdade, ao contrário do que muitos pensam, a pessoal assexual também se pode envolver em relações, abraçar e beijar. Sendo que da mesma forma, também existem pessoas que não gostam do toque ou ter qualquer tipo de companhia romântica.
Um mito bastante comum: “as relações assexuais ocorrem somente entre pessoas do mesmo género”
Em pleno século XXI é necessário abrir a mente e alargar os conhecimentos, pensar de forma diferente e abraçar novas formas de estar na vida, aceitar a orientação sexual de cada um, novas culturas e por aí fora.
Há, portanto, uma série de questões que acabam por ser tema de conversa, principalmente nas redes sociais. E a orientação sexual é um deles. Por isso mesmo, existem alguns mitos que devem ser desvendados a fim de evitar a desinformação.
Ser uma pessoa assexual não significa obrigatoriamente que está somente com pessoas do mesmo género. Na verdade, os relacionamentos assexuais podem ou não ocorrer entre duas pessoas do mesmo género.
Ter um relacionamento assexual é ter um relacionamento normal?
A resposta a esta questão é simples: sim. As pessoas assexuais podem ter um relacionamento normal onde exista amor, envolvimento, interesse e até mesmo intimidade. O único aspeto que não é tão frequente ou nada mesmo, é a questão dos contactos sexuais.
E isto acontece porque na assexualidade, as pessoas acreditam que o amor não está necessariamente relacionado com o sexo. Por isso, não sentem a necessidade de se estarem atraídas sexualmente para que possam entrar numa relação.
Embora não existam relações sexuais devido à falta de interesse, a masturbação pode acontecer sem que exista desejo sexual e sem que estejam envolvidas fantasias sexuais.
No fundo, acaba por funcionar quase como um ato mecânico, sendo menos prazeroso e menos intenso quando o único objetivo é eliminar o excesso de espermatozoides no homem, por exemplo.
Há ainda quem confunda o celibato com a assexualidade
Se algum dia ouvir uma pessoa a dizer isto, não acredite! Os dois conceitos em nada se assemelham e, mais uma vez, será a desinformação a tomar conta da pessoa que passa erradamente a informação. Para que não existam dúvidas, nós explicamos.
Quando nos referimos ao celibato, estamos a falar de uma escolha que a pessoa faz, onde não existe contacto íntimo, mas também não há um relacionamento amoroso – como namoro ou casamento, por exemplo. Ou seja, a pessoa não tem nenhum tipo de intimidade ou de aproximação e opta por permanecer solteira a vida toda.
Dois bons exemplos são os padres e as freiras que decidem, por motivos religiosos e devoção, não ter qualquer tipo de relacionamento amoroso. No entanto, o desejo sexual pode existir e deve ser reprimido.
No caso da assexualidade, as pessoas não têm qualquer tipo de desejo sexual. O que significa que não precisam de se reprimir ou lutar contra esse tipo de impulsos, tendo em consideração que eles simplesmente não existem.
Para além disto, a pessoa assexual pode casar e namorar ao contrário do que acontece no celibato. Por isso já sabe, os dois conceitos em nada são semelhantes e não devem ser confundidos.