Isadora Freitas
Isadora Freitas
02 Out, 2017 - 14:04

Deve ou não ajudar nos trabalhos de casa?

Isadora Freitas

Ajudar ou não ajudar, é a questão. Estudos dizem que sentar-se com os seus filhos a fazer os trabalhos de casa não é a melhor prática.

Deve ou não ajudar nos trabalhos de casa?

É inequívoco que dedicar o seu tempo a ajudar os mais pequenos a fazer os trabalhos de casa é um gesto de afecto e empenho que deve ser louvado. Contudo, não é a melhor coisa a fazer. Um estudo feito com pais americanos ao longo de trinta anos indica que grande parte das 60 formas de envolvimento parental tidas em conta têm pouco ou nenhum efeito nos resultados académicos dos filhos. Ajudar nos trabalhos de casa é uma delas. Na verdade, auxiliar os seus filhos a estudar para testes ou exames, por exemplo, pode até prejudicar o seu aproveitamento na chamada “middle school” (6º ao 8º ano em Portugal).

A explicação passa pelo facto de assim não estar a preparar os seus filhos para o momento em que terão de resolver os exercícios sozinhos. Reunir com professores e castigar as crianças devido a maus resultados são outras formas de envolvimento que não parecem trazer benefícios ao percurso escolar do seu filho.

Quais as práticas que resultam, então, num melhor aproveitamento escolar?

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Calma: nem tudo é negativo. O estudo de Keith Robinson e Angel L. Harris revela que há, efectivamente, algumas coisas que pode e deve fazer em benefício dos mais novos. Uma das práticas positivas é procurar influenciar a escolha dos professores, visto que um docente que promova o diálogo, a participação e a criatividade poderá levar a que o seu filho sinta maior interesse pela escola. Ler alto para os mais pequenos e falar com os jovens sobre o ensino superior são também exemplos de práticas saudáveis que poderão ter uma influência positiva no desenvolvimento das crianças.

Incentive-os a ser curiosos

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A mensagem não é, de todo, que se afaste. Não queremos desanimá-lo ou dizer-lhe que deve deixar de se envolver por completo na vida escolar do seu filho. Todas as crianças são diferentes, tal como todas as dinâmicas familiares variam de casa para casa. Pergunte aos mais pequenos: questione-os sobre o que preferem e não deixe de os guiar, se necessário. Procure realizar com eles actividades que os estimulem, como pintar ou ler, e incentive-os à curiosidade. Verá que, assim, serão eles a procurar formas de construir o seu próprio conhecimento.

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