Share the post "EMEL irá fiscalizar à noite apenas estacionamento em zonas para residentes"
Numa resposta escrita enviada à agência Lusa, a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) aponta que este alargamento irá ser implementado em 2018, mas “a data exata de entrada em vigor destas medidas ainda não está definida”.
“A extensão do horário da fiscalização do estacionamento para um período de 24 horas destina-se a zonas de estacionamento exclusivo para residentes“, lê-se no texto.
Ou seja, este alargamento estende-se a “todas as ruas que apresentem uma placa adicional ao sinal de estacionamento com essa informação”.
“Esta placa adicional exclui qualquer possibilidade de estacionamento a viaturas sem dístico válido de residente dessa zona”, aponta a mesma fonte, acrescentando que “as placas adicionais poderão comunicar um horário das 19:00 às 09:00 em que o estacionamento na via pública é reservado a residentes com dístico, mantendo-se o estacionamento tarifado no horário habitual”.
A EMEL vinca também que “não está previsto o alargamento de zonas com tarifa noturna”.
Fiscalização noturna vai recorrer a leitura ótica de matrículas
Quanto aos recursos utilizados para a fiscalização noturna, será utilizada “uma componente tecnológica de leitura ótica de matrículas, que não exige contratação de mais fiscais”.
Neste campo, a empresa admite que, “com a expansão prevista das áreas de intervenção da EMEL em 2018, poderão surgir mais áreas exclusivas a residentes que exigirão fiscalização noturna” e, nesse caso, “será feito o reforço da componente tecnológica com a aquisição de mais equipamentos”.
Uma vez que “só os residentes com dístico válido poderão estacionar na via pública nas referidas zonas”, a EMEL aproveita para chamar a atenção dos automobilistas “para terem o cuidado de verificar se existem ou não placas adicionais de zona exclusiva a residentes antes de efetuarem o estacionamento“.
Este alargamento da fiscalização é justificado pela empresa municipal de estacionamento da capital com a necessidade de responder “às necessidades identificadas nas diversas freguesias onde mais se faz sentir a procura de estacionamento noturno, com claro prejuízo para os residentes”.
“O objetivo é defender os seus direitos de mobilidade e estacionamento”, salienta a nota.
A EMEL esclarece ainda que, no próximo ano, a sua intervenção “continuará a estar limitada às zonas concessionadas da cidade de Lisboa, com estacionamento ordenado e tarifado, de acordo com o plano de execução em curso”.
De acordo com o Plano de Atividades e Orçamento da empresa para 2017, ao qual a Lusa teve acesso, a EMEL espera “criar e gerir cerca de 20.000 novos lugares de estacionamento ordenado na via pública” até ao final do ano.
Para este ano está também previsto o desenvolvimento do “sistema de leitura ótica de matrículas“, refere o mesmo documento.
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