Miguel Pinto
Miguel Pinto
17 Set, 2024 - 16:00

Exposição ao fumo: saiba o que deve fazer para se proteger

Miguel Pinto

Com os incêndios que estão a devastar as regiões Norte e Centro do país, é necessário ter alguns cuidados de saúde. Não facilite.

fogos florestais

Considerando os incêndios que se encontram ativos no país, sobretudo nas regiões Norte e Centro, verifica-se uma quantidade considerável de fumo no ar, com impacto a nível respiratório, cardiovascular e oftalmológico.

Os componentes do fumo podem provocar algumas complicações, tais como:

  • irritação dos olhos, do nariz e da garganta;
  • aumento das secreções/expetoração;
  • tosse persistente;
  • inflamação e estreitamento das vias respiratórias (edema);
  • doenças respiratórias, como a bronquite;
  • agravamento de doenças do coração e respiratórias;
  • alterações do estado de consciência (fraqueza, sonolência, desmaio).

Existem grupos com um maior risco de desenvolver complicações pela inalação de fumo, nomeadamente: idosos, crianças, grávidas e pessoas com história de doenças cardiovasculares ou respiratórias, como a asma ou a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).

É importante estar prevenido para uma situação de incêndio. Se fizer parte dos grupos de risco, deve:

  • ter alguns produtos em stock (alimentos que não precisem de refrigeração, medicação habitual e máscaras de proteção N95);
  • garantir um bom isolamento das portas e janelas de acesso ao exterior
  • caso tenha ar condicionado, garanta um ambiente fresco, de preferência com modo de recirculação de ar;
  • definir um plano de evacuação em caso de agravamento da situação e partilhá-lo com as pessoas com quem vive;
  • estar atento aos meios de comunicação e informar-se das notícias locais.

Para evitar a exposição ao fumo de incêndios, é recomendado:

  • manter-se dentro de casa, com as janelas e as portas fechadas, em ambiente fresco. Se possível, ligar o ar condicionado com modo de recirculação de ar;
  • evitar a utilização de fontes de combustão dentro de casa, tais como, aparelhos a gás ou lenha, tabaco, velas e incenso;
  • evitar atividades no exterior;
  • utilizar máscara (N95) sempre que não puder evitar a exposição ao fumo;
  • manter a medicação habitual, nomeadamente se tiver doenças como, a asma ou a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC). Seguir as indicações do médico se tiver agravamento das queixas;
  • manter-se hidratado e fresco.

Relembre-se que Portugal continental encontra-se sob Declaração da Situação de Alerta a qual foi prorrogada até às 23:59 horas do dia 19 de setembro, sendo implementadas as seguintes medidas de caráter excecional:

  • Proibição do acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais previamente definidos nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios, bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que os atravessem;
  • Proibição da realização de queimadas e queimas de sobrantes de exploração, bem como a suspensão das autorizações que tenham sido emitidas;
  • Proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais com recurso a qualquer tipo de maquinaria, com exceção dos associados a situações de combate a incêndios rurais;
  • Proibição de realização de trabalhos nos demais espaços rurais com recurso a motorroçadoras de lâminas ou discos metálicos, corta-matos, destroçadores e máquinas com lâminas ou pá frontal;
  • Proibição da utilização de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos, independentemente da sua forma de combustão, bem como a suspensão das autorizações que tenham sido emitidas.

Para mais informações, ligue para o SNS 24 (808 24 24 24) ou consulte www.dgs.pt. Em caso de emergência, ligue 112.

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