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De acordo com as dados divulgados pelo Eurostat, serviço de estatística da União Europeia, em 2021, Portugal fechava a lista dos 10 países europeus com mais jovens que não trabalham nem estudam (86,9%), com idades compreendidas entre os 15 e os 29 anos. No topo da tabela está a Bulgária com 97,4%.
Em contrapartida, a Holanda registou, no mesmo período, a maior percentagem de estudantes que trabalhavam enquanto ainda estavam a estudar (70%), seguida pela Dinamarca (49%) e Alemanha (42%).
Os dados revelaram que a maioria (73%) dos jovens europeus não trabalham nem estudam.
Entenda o que dizem os números.
A realidade dos jovens que não trabalham nem estudam em números
No ano passado, no conjunto de países da União Europeia (UE) 23% dos jovens com idades compreendidas entre os 15 e 29 anos no ensino formal estavam também empregados – ou seja, estudavam e trabalhavam ao mesmo tempo – enquanto 3% estavam à procura de emprego e disponíveis para começar a trabalhar (ou seja, desempregados).
Porém, no mesmo intervalo de idades, regista-se na Europa uma maioria (73%) de jovens que não trabalham nem estudam. Significa, pois, que se encontram, fundamentalmente, “entre o fim dos estudos e a entrada para o mercado de trabalho”.

Países europeus com taxas mais altas de desemprego jovem
Portugal fecha o Top 10 europeu com mais jovens que não trabalham nem estudam. No entanto, de acordo com o Eurostat, 2021 regista países com percentagens mais altas.
Com percentagens mais altas do que Portugal de jovens estudantes sem trabalho estavam, em 2021, a Roménia (97,4%), Eslováquia (95,4%), Bulgária (94,2%), Hungria (94%), Croácia (92,5%), Itália (92%), Grécia (91,8%), República Checa (91,2%) e a Polónia (87,1%).
As taxas de desemprego europeias nem sempre corroboram estes números considerando que englobam toda a população em idade ativa e não apenas jovens. Porém, há, claramente, países, contextos sociais e económicos onde há mais jovens que não trabalham nem estudam.
A cultura / nacionalidade como base da diferença?
Os hábitos culturais relacionados com o trabalho jovem são distintos de país paa país.
De acordo com o Eurostat, os dados apresentados sobre o desemprego jovem e a participação dos jovens na educação e no mercado de trabalho, relacionam-se com “a rapidez com que os jovens transitam da educação para o mercado de trabalho varia muito entre os Estados-membros da UE”. Há, pois, alguns países onde os jovens começam a trabalhar ainda em idade escolar, nomeadamente a tempo parcial, ao fim de semana e/ou nas férias. Em simultâneo, frequentam o ensino formal (escolaridade obrigatória e ensino superior).
Por exemplo, a Holanda tinha, em 2021, a maior percentagem de estudantes entre os 15 e os 29 anos que estavam empregados enquanto ainda estavam a estudar (70%), seguida pela Dinamarca (49%) e da Alemanha (42%).
Em contrapartida, as percentagens mais baixas de emprego entre jovens estudantes foram verificadas na Roménia (2%), Eslováquia (4%), Hungria e Bulgária (ambos 5%).
Os dados foram divulgados pelo gabinete estatístico da União Europeia.
Informações importantes
Para jovens que não trabalham nem estudam, ou seja, essencialmente, para quem já terminou a escola e não conseguiu ainda entrar no mercado, devem desenvolver algumas competências básicas essenciais e ter em conta as possibilidades de emprego dentro e fora do país de origem.
Para cidadãos europeus desempregados ou à procura de emprego na UE, há uma série de informações importantes a seguir pela Comissão Europeia.