Júlia Rocha
Júlia Rocha
10 Mai, 2018 - 10:32

Truques para negociar a dívida com o banco

Júlia Rocha

Não são poucas as situações de cidadãos que entram em incumprimento. Saiba como melhor negociar a dívida com o banco e melhorar a situação financeira.

Truques para negociar a dívida com o banco

A ideia pré-concebida que muitas pessoas têm sobre dívidas a bancos e situações de incumprimento, é que estamos de facto perante situações muito complexas. O que não deixa de ser verdade. Cada caso é um caso, e há sempre informação relevante sobre como  negociar a dívida com o banco que pode ajudar a descomplicar o processo.

Situações de incumprimento são complicadas e dramáticas. O desemprego prolongado, impostos elevados, utilização de cartões de crédito, créditos contraídos, e outros fatores, levam a que existam muitas dívidas para pagar.

Negociar a dívida com o banco: como?

negociar divida

Negociar a dívida com o banco, qualquer dívida que tenha, é sempre uma boa ideia. Acaba por existir como uma medida preventiva, para evitar que a situação em que se encontra piore. Negociar não significa que fique em situação de desvantagem.

Alguns conselhos importantes:

  • Esteja a par da lei no que diz respeito à renegociação de dividas. Os bancos têm de reconhecer e identificar clientes em incumprimento, apresentando planos de renegociação;
  • Reconheça quando está na hora de partir para a negociação. É importante dar esse passo antes que a situação se torne ainda mais incomportável, pedir informações e marcar reuniões para ajudar à negociação;
  • Evite entrar em mais situações de incumprimento;
  • Analise a proposta que lhe é feita com atenção: provavelmente vai-lhe ser proposta uma consolidação de créditos – faça simulações independentes para confirmar se lhe compensa.

Provavelmente, ao chegar a um acordo sobre a renegociação da dívida, vai-lhe também ser proposto um alargamento do prazo para pagamento. As prestações diminuem, mas o valor dos juros (na totalidade) vai aumentar.

Negociar a dívida com o banco: PARI e PERSI

O Banco de Portugal, segundo o que foi decretado pelo Decreto-Lei n.º 227/2012 de 25 de Outubro, prevê o PARI (Plano de Ação para o Risco de Incumprimento). O PARI funciona como um mecanismo de apoio entre o cliente e o banco para a negociação e a prevenção de uma situação de incumprimento. Ou o banco verifica a situação, ou o próprio cidadão dá conta da mesma.

A partir daqui a instituição bancária apresenta a proposta de reestruturação do contrato. Nas várias propostas deverá fazer parte a renegociação da dívida. Este é portanto um dos mecanismos que pode começar a ajudar a solucionar o problema.

PERSI (Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento) é outro mecanismo que é posto em ação depois de um determinado período de tempo em que o cliente se atrasa no pagamento da mensalidade. Pode existir uma proposta de consolidação ou renegociação da dívida e/ou condições de empréstimo. A negociação é feita por via extrajudicial quer o cliente concorde, rejeite ou proponha alterações.

O PERSI prevê também uma rede de apoio ao consumidor, no ato de negociar a dívida com o banco sem recurso a tribunais. Pode inclusivamente pedir apoio na análise das propostas feitas pelas entidades bancárias.

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