Psicopata ou sociopata: quem é quem?

Sabe o que distingue um psicopata ou um sociopata? Quais são as suas características de personalidade e como agem perante as situações? Analisamos tudo neste artigo. Fique connosco.

Quando ouvimos falar nos termos psicopata ou sociopata tendemos a fazer confusão e a igualar os dois – ao mesmo tempo em que, automaticamente, pensamos em personalidades muito vincadas e que são, por norma, vistas de forma caricata nos filmes.

A verdade é que, por haver a ideia de uma imagem um pouco brusca sobre os dois termos, a sociedade acaba por não saber muito bem quem é quem e que tipos de traços definem cada um deles.

A grande maioria das pessoas utiliza os termos psicopata ou sociopata para se referir a alguém que se comporta de forma estranha e que não tem qualquer empatia. Isto é, que não se consegue colocar no lugar do outro. Contudo, se aprofundarmos o tema percebemos que existem diferenças entre ambos. E são diferenças significativas.

Psicopata ou sociopata: o que os define

Quer um psicopata quer um sociopata apresentam formas de um Transtorno de Personalidade Antissocial (TPA). Porém, importa referir que existem diferenças no comportamento e na origem de cada um desses transtornos.

Tóxicos e abusivos, vivem das suas máscaras e estão por todos os lados: nas empresas, nas ruas, na família… Como pode identificá-los?

Os psicopatas passam despercebidos quase sempre, uma vez que são reconhecidos pelo seu carisma, sedução e alta habilidade no contexto social. São, geralmente, aquelas pessoas que adoram estar no centro das atenções e que, quando conhecemos mais profundamente, conseguimos reconhecer o seu traço egocêntrico.

O sociopata, por sua vez, não tem grande habilidade social – mas atenção, pois consegue fingir e manipular. As duas estruturas de personalidade utilizam os outros de acordo com as suas necessidades.

O psicopata consegue manter a calma e o controlo, sendo frio e calculista para não ser descoberto. Mas a verdade é que ambos podem ser violentos e agressivos. No entanto, o sociopata não tem tanta capacidade de controlo sobre a sua raiva e, assim, as suas atitudes são mais facilmente percebidas em determinados contextos. Este último terá, inevitavelmente, maior tendência a ser impulsivo e explosivo, com alguma facilidade para fugir a regras e leis.

A psicopatia não tem cura, pois o transtorno está ligado a uma má formação do córtex cerebral. A sociopatia pode ser atenuada com o apoio de terapia e com uso de medicação – o objetivo é ajudar o sociopata a controlar melhor as suas emoções e ações.

6 características de um psicopata

Os psicopatas dificilmente aceitam ser contrariados, frustrados ou rejeitados. Por esses motivos, reagem de forma impulsiva e muito mais agressiva e explosiva do que uma pessoa que não tenha qualquer tipo de problema mental.

No fundo, o psicopata não se importa com o sentimento ou com a forma como os outros estão envolvidos nas situações ao seu redor e estão constantemente a agir sem pensar.

Para a psicologia, a psicopatia é conjunto de traços específicos de personalidade e, para além disso, apresenta padrões de comportamento bastante peculiares. Um deles é precisamente a falta de empatia que os psicopatas têm.

Esta insensibilidade está diretamente relacionada com o facto de não conseguirem estabelecer emoções reais pelos outros. Além disso, envolve ainda a procura constante pelo prazer pessoal, mesmo que isso magoe terceiros. Tudo isto resulta numa dificuldade enorme em criar relacionamentos e envolverem-se emocionalmente.

A mentira dos psicopatas é, na verdade, patológica. O que significa que mentem tanto que chegam a um ponto em que já nem sabem mais quando estão a inventar uma nova história.

Além disto, tentam aproveitar-se da boa-fé das pessoas que enganam com os seus discursos mirabolantes.

Um psicopata é detentor de um orgulho enorme e pensa sempre que está correto, independentemente da situação. Este tipo de certeza das suas atitudes e comportamentos faz com que nunca tenham medo das ações que tomam.

Na vida de um psicopata não existem regras nem qualquer tipo de parâmetro social. Na verdade, eles optam por estarem constantemente a quebrar esse tipo de fatores para que se possam sentir orgulhosos de si mesmos.

Um psicopata não tem por hábito relacionar-se com outras pessoas também devido às questões emocionais e às barreiras no amor e no afeto que a própria condição vai afetando. No fundo, apenas se relacionam com outros se perceberem que podem tirar algum benefício disso.

5 características de um sociopata

Tal como um psicopata, também um sociopata tem por hábito desrespeitar as regras e as normas de conduta social. Não se encaixam na sociedade de nenhuma maneira e tendem a contrariar qualquer comportamento que pareça ser “normal”.

Um sociopata tem propensão a ter ataques de raiva e ódio com frequência. Aliás, sempre que acreditam ter razão perante qualquer tipo de situação a tendência é para se tornarem subitamente agressivos.

Aliás, é necessário haver um cuidado acrescido com este tipo de personalidade uma vez que podem até andar armados já que acreditam que o mundo está contra eles.

Mais do que um psicopata, um sociopata tem uma dificuldade enorme em manter o emprego. Devido aos seus ataques de fúria e ódio e ao facto de não se conseguirem relacionar com ninguém, começam rapidamente a criar mau ambiente e são despedidos ou acabam mesmo por se despedir.

Os sociopatas conseguem descobrir com facilidade os pontos fracos das pessoas e utilizam isso a seu favor. Por norma, manipulam o outro a fazer o que eles pretendem para alcançarem os seus objetivos.

Fingem sentimentos como tristeza e alegria extremos de forma constante, uma vez que tudo isto faz parte da estratégia de manipulação.

Mesmo que estejam em situações de perigo e ameaça, os sociopatas não sentem medo e podem mesmo ter comportamentos inconsequentes.

Não estão minimamente preocupados perante nenhuma situação que represente um risco para a sua segurança. Falamos de casos como conduzir bêbedo, abusar de substâncias como o álcool ou drogas ou até mesmo ter relações sem proteção, por exemplo.

No fundo, os psicopatas são classificados como indivíduos com pouca ou nenhuma consciência, mas capazes de seguirem as suas convicções sociais sempre que lhes convém.

Por outro lado, os sociopatas têm uma capacidade limitada, apesar de fraca, de sentirem empatia e remorsos. Além disto, são mais propensos a perderem o controlo e a reagirem de forma violenta quando confrontados com as consequências das suas ações.