Share the post "Subsídio de Desemprego máximo chega aos 1342 Euros em 2026"
A atualização do Indexante dos Apoios Sociais (IAS) para 2026 vai traduzir-se num aumento generalizado das prestações sociais em Portugal, como o subsídio de desemprego.
O IAS deverá subir 2,8% em janeiro, passando dos atuais 522,50 euros para 537 euros, o que terá impacto direto em diversos apoios pagos pela Segurança Social, como o subsídio de desemprego.
A atualização do IAS baseia-se em dois indicadores principais: a média do crescimento económico dos últimos dois anos e a variação média dos últimos 12 meses do Índice de Preços no Consumidor, excluindo habitação.
Estes dados, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, permitem determinar o valor que servirá de referência para inúmeras prestações sociais.
Subsídio de Desemprego: quais os novos valores
Uma das prestações mais significativas afetadas pela atualização do IAS é o subsídio de desemprego.
O valor mínimo passará de 600,88 euros em 2025 para 617,52 euros em 2026, aplicando-se a situações em que as remunerações de base correspondam, pelo menos, ao salário mínimo nacional.
Quanto ao limite máximo, este passará de 1.306,25 euros para 1.342,43 euros, representando um aumento de cerca de 36 euros.
Este valor corresponde a 2,5 vezes o IAS e constitui o teto máximo que pode ser atribuído a título de subsídio de desemprego.
Subsídio Social de Desemprego

Para quem já esgotou o subsídio de desemprego ou não possui descontos suficientes, existe o subsídio social de desemprego.
Esta prestação passará de 522,50 euros para 537 euros para beneficiários com agregado familiar, e de 418 euros para 429,60 euros para beneficiários que vivam sozinhos.
Subsídio de Doença e Subsídio por Morte
O subsídio de doença também registará um ligeiro aumento. O valor mínimo diário subirá de 5,23 euros em 2025 para 5,37 euros em 2026, o que corresponde a um reforço de 14 cêntimos por dia.
O subsídio por morte, pago numa única vez aos familiares do beneficiário, passará de 1.567,50 euros para 1.610,92 euros, registando um aumento de aproximadamente 43 euros.
Este apoio destina-se a compensar os encargos decorrentes do falecimento e facilitar a reorganização familiar.
Abono de Família: novos escalões
Embora o IAS não determine diretamente o valor do abono de família, influencia os limites dos escalões de rendimento.
O limite máximo do primeiro escalão deve subir de 3.658 euros para 3.759 euros, enquanto os restantes escalões também sofrem ajustamentos proporcionais.
O segundo escalão passará a abranger rendimentos entre 3.759 euros e 7.518 euros, e o terceiro escalão terá um limite máximo de 12.780 euros.
As famílias são enquadradas nestes escalões após o cálculo do rendimento de referência, que considera o total de rendimentos do agregado familiar dividido pelo número de crianças e jovens, somando-se uma unidade.
Complemento Solidário para Idosos
O Complemento Solidário para Idosos (CSI) terá também um aumento em 2026, embora não diretamente relacionado com o IAS.
Por decisão do Orçamento do Estado, esta prestação subirá 40 euros, elevando o valor de referência para 670 euros.
Este complemento serve para reforçar os rendimentos de idosos em situação de maior vulnerabilidade económica.
O montante pago corresponde à diferença entre os rendimentos do beneficiário e o valor de referência estabelecido.
O Governo tem como objetivo aumentar progressivamente este apoio até aos 870 euros em 2029, com a meta de equiparar ao salário mínimo nacional na próxima legislatura.
A entrada em vigor destes novos valores está prevista para janeiro de 2026.