Carlos Ramos, presidente da Federação Portuguesa do Táxi (FPT), afirmou que foi endereçado um pedido ao Governo para que este comece a apreender os carros que prestam serviço à Uber. A informação foi cedida pelo dirigente à Lusa no final de uma reunião entre a FPT, a Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) e alguns representantes do Ministério da Administração Interna (MAI).
“Fomos dizer que é preciso parar com este tipo de viaturas que continuam a desenvolver uma atividade ilegal”, afirmou o dirigente.
As associações de taxistas insistem que o serviço prestado pela Uber é ilegal e que a legislação prevê outro tipo de penalizações para além de coimas. “A legislação, hoje, permite que a polícia, além das coimas que não resolvem o problema, possam também apreender o objeto que está causar crime”, afirmaram as associações.
“Não estamos contra a existência das plataformas e acho que devem ser regulamentadas. Não concordamos é com a desregulamentação que se pretende fazer ao nosso setor para facilitar o acesso das viaturas para trabalharem com estas plataformas”, afirmou Carlos Ramos frisando que enquanto o serviço não for legalizado, as viaturas que prestam serviços devem parar.
“Se não houver uma resposta satisfatória para as partes, a manifestação que está convocada pelas duas associações irá concretizar-se em setembro”, concluiu o dirigente.
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31 Ago, 2016 - 09:10
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Os representantes dos taxistas pediram ao Governo que apreendesse carros que prestam serviço à Uber.