Fala-se em alopecia quando se verifica que há menos cabelo na cabeça. Há diversos tipos de alopecia, sendo que ela costuma manifestar-se mais na parte de cima do couro cabeludo.
Esta é uma condição caraterizada por um cabelo mais fino, curto e em menor número, o que está relacionado com o repouso dos folículos capilares. A alopecia pode ser ocasional ou progressiva, patológica ou fisiológica. Saiba mais.
Alopecia: tudo o que precisa saber sobre este problema
Sintomas
O principal sintoma de alopecia é mesmo a queda de cabelo, a qual pode atingir homens, mulheres e até crianças de qualquer idade. Um dos sinais de alerta é quando se começam a encontrar muitos cabelos na almofada ou na escova.
Porém, além da diminuição da densidade capilar, há outros sintomas, tais como: a existência de peladas; o surgimento de cicatrizes; e outras manifestações, como descamação, borbulhas, nódulos ou drenagem de pus.
Tipos de alopecia
Existem diversos tipos de alopecia. Fique a conhecer alguns deles.
- Alopecia Androgenética (calvície): este é o tipo mais frequente, atingindo normalmente homens.
- Alopecia Areata: carateriza-se principalmente pela perda de cabelo ou de pêlos em áreas localizadas, como a cabeça, barba ou sobrancelhas. É mais recorrente em jovens.
- Alopecia Cicatricial: na sua origem, podem estar feridas, queimaduras ou infeções.
- Alopecia Difusa: carateriza-se por uma perda de cabelo difusa e temporária, causada por fatores como stress ou má alimentação.
- Alopecia Follicularis: deve-se à inflamação dos folículos capilares.
- Alopecia Neurótica: está relacionada com uma perda de cabelo associada a doenças nervosas ou lesões no sistema nervoso.
- Alopecia Prematura: pode manifestar-se na infância ou na adolescência.
- Alopecia Senilis: manifesta-se, sobretudo, entre os idosos.
- Alopecia Totalis: carateriza-se pela perda total de cabelo em todo o couro cabeludo.
- Alopecia Traccional / por Tração: trata-se de uma perda de cabelo causada pelo uso de certos penteados ou acessórios, como chapéus ou bonés apertados.
- Alopecia Traumática: a queda de cabelo pode também estar relacionada com uma infeção fúngica, provocada por um parasita, e é mais frequente na infância.
Causas e diagnóstico
A alopecia pode estar associada a um fator externo, como stress, depressão e ansiedade; pós-parto; má alimentação; disfunções na tiroide; medicamentos (para a hipertensão e para o colesterol, por exemplo); ou cirurgias. Nestes casos, pode haver uma diminuição do número de cabelos, a qual pode ter uma intensidade ou duração variáveis.
Noutras situações, a alopecia pode estar relacionada com a lesão de uma parte do folículo, a qual pode ter origem genética ou ser causada por doenças inflamatórias e infeciosas ou mesmo pela calvície comum. Nestes casos, há mesmo lugar à morte das células dos cabelos.
Sempre que registar perda de cabelo acima do normal ou sem nenhuma razão aparente, deve visitar um dermatologista, de modo a perceber o que se passa. Só um especialista é capaz de examinar devidamente o cabelo e o couro cabeludo, podendo recorrer a exames como a tricoscopia para determinar a origem, gravidade e terapêutica mais adequada para cada caso.
Tratamentos
Há alguns tipos de tratamento possíveis, sendo eles:
- Tópicos: Quando são prescritos produtos de aplicação tópica, nomeadamente champôs que combatem a queda de cabelo.perda
- Sistémicos: Neste caso, são recomendados fármacos administrados oralmente e que têm como finalidade bloquear a ação da hormona que pode estar a enfraquecer o folículo piloso. Os polivitamínicos/oligoelementos também podem ser úteis no tratamento de alguns casos.
- Técnicas inovadoras: Em alguns casos, o laser capilar pode contribuir para o aumento do crescimento e densidade do cabelo. Noutras situações, o microneedling pode ser uma técnica muito eficaz no repovoamento capilar.
- Cirúrgicos: Nesta situação, é feito um transplante de cabelo, mais especificamente o Transplante de Unidade Folicular (FUT). O procedimento consiste em retirar cabelos das áreas dadoras e introduzi-los nos micro orifícios feitos na região onde a alopecia se manifesta de forma mais evidente. Inicialmente, esse cabelo transplantado vai cair, renascendo depois, já com um aspeto mais natural. Este procedimento dura cerca de 4 a 5 horas. Um dos seus efeitos secundários possível é o inchaço das pálpebras, 2 a 4 dias após o transplante.
Prevenção
Apesar da alopecia poder ter uma causa genética ou estar associada ao próprio processo de envelhecimento, há hábitos que é importante adotar ao longo da vida e que podem contribuir para cabelos mais fortes e nutridos.
Assim, é aconselhável manter um estilo de vida saudável, fazendo nomeadamente uma dieta equilibrada e praticando atividade física regular. Em algumas fases, pode ser importante tomar suplementos nutricionais.
Fazer uma boa higiene do couro cabeludo também é essencial, assim como escovar diariamente o cabelo. Deve ainda evitar alguns procedimentos e produtos mais agressivos para o cabelo, como as permanentes, os alisamentos, as colorações e o uso de químicos.