Os Certificados de Aforro são um produto financeiro de capitalização. Por isso, são uma boa alternativa para quem quer poupar. São também títulos de dívida pública, o que significa que, ao comprá-los, está a emprestar dinheiro ao Estado.
São uma boa alternativa de poupança para quem quer poupar sem correr riscos e, com a recente alteração da política monetária do Banco Central Europeu, recorrer a esta solução de poupança já está a compensar (e muito).
De acordo com o IGCP, em junho de 2023, a taxa de juro bruta para novas subscrições e capitalizações de Certificados de Aforro, Série E, foi fixada em 3,500% (em fevereiro era de 3,403% e, em março, atingiu o valor máximo permitido por lei, 3,500%, valor que se manteve em abril e maio). É o valor mais elevado desde que a Série E começou a ser comercializada (em novembro de 2017).
Recorde-se que os Certificados de Aforro estão a reagir às subidas da taxa de juro de referência, em particular da Euribor a 3 meses.
Certificados de Aforro: como funcionam?
Além de serem instrumentos que o Estado tem para se financiar diretamente junto das famílias, os Certificados de Aforro têm outro objetivo: fomentar a poupança nas famílias. Por isso, são instrumentos financeiros de fácil acesso a todos e têm montantes mínimos de subscrição reduzidos.
Principais características
- Juros calculados de 3 em 3 meses e somados à sua poupança;
- Investimento mínimo de 100€ e máximo de 250.000€;
- Fácil de subscrever, fácil de resgatar;
- Subscrição e levantamento sem quaisquer encargos;
- Prémios de permanência até 1 %.
Como são calculados os juros?
Capitalização trimestral
Os Certificados de Aforro apresentam capitalizações trimestrais. Ou seja, todos os meses os detentores de Certificados de Aforro recebem juros que são sucessivamente aplicados e juntos ao capital para assim renderem mais juros. É a este processo que se chama capitalização.
Este tipo de juro aumenta mais o total do investimento que o juro simples e quanto maior for o prazo do investimento, maior será o rendimento que poderá obter neste produto.
A taxa de juro depende da série
Este produto de poupança é emitido através de Séries. Atualmente está em comercialização a Série E.
A taxa de juro aplicada é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil do mês, para vigorar durante o mês seguinte, segundo a seguinte fórmula: E3+1%, em que E3 corresponde à média dos valores da Euribor a três meses observados nos dez dias úteis anteriores. O resultado é arredondado à terceira casa decimal. Não pode ser superior a 3,5 % nem inferior a 0 %.
Prémio de permanência
Além da taxa de juro é aplicado um prémio de permanência consoante o tempo em que tenha esta aplicação.
O prémio de permanência é somado à taxa-base a partir do 2.º ano.
- Do início do 2.º ano ao fim do 5.º ano, soma-se 0,5 % à taxa-base.
- Do início do 6.º ano ao fim do 10.º ano, soma-se 1,0 % à taxa-base.
Os juros têm capitalização automática a cada 3 meses.
No final de cada trimestre, os juros a que tiver direito são automaticamente somados à sua poupança, para que ela renda mais no trimestre seguinte. Deste modo, para evitar perder dinheiro, espere sempre pelo fim de cada trimestre para não perder os juros entretanto acumulados nesse período. O ideal, será sempre, esperar pelo prazo final associado aos Certificados de Aforro, atualmente de 10 anos.
Quais os prazos e qual o investimento mínimo?
Tal como referido anteriormente, o período mínimo de permanência são 3 meses e o período máximo são 10 anos. Já quanto ao montante necessário para investir neste produto, irá precisar de apenas 100€. O investimento máximo que pode realizar serão 250.000€.
Como subscrever Certificados de Aforro?
Os Certificados de Aforro podem ser subscritos de duas formas: presencialmente ou por via eletrónica.
Se ainda não tem uma conta aforro, então terá de subscrever Certificados de Aforro presencialmente em qualquer estação dos CTT. Aqui, poderá abrir uma conta aforro no IGCP, à qual poderá associar o seu Certificado e sua conta bancária, para a qual serão feitos os resgates ou o pagamento quando terminar o prazo do Certificado. Para abrir esta conta aforro, precisará dos seguintes documentos:
- Ficha de abertura de conta preenchida (Modelo 701);
- Cartão de Cidadão;
- Comprovativo do IBAN;
- Comprovativo de morada;
- Comprovativo de profissão e entidade patronal.
Se já tem uma conta aforro, então pode optar por fazer um novo Certificado de Aforro por via eletrónica em AforroNet, em que também poderá consultar o seu extrato, dar ordens de subscrição e de resgate de alguns produtos de aforro. Tudo sem sair de casa.
Quais os custos que terá que suportar?
Não tem custos, nem de compra, manutenção ou venda. Este é um dos fatores em que superam outros instrumentos de poupança como, por exemplo, as obrigações que têm várias comissões associadas, entre as quais, uma comissão de guarda de títulos que terá que pagar periodicamente ao seu banco.
E os custos fiscais?
A taxa de imposto é a mesma que a que é aplicada aos rendimentos de capitais. Corresponde a 28% sobre os rendimentos trimestrais. O imposto é automaticamente aplicado, o que significa que o que recebe já é livre de impostos e não precisa de incluir os Certificados de Aforro na sua declaração de IRS. Apenas o terá que fazer se optar pelo englobamento e a sua taxa de imposto seja inferior a 28%.
Como se processa o resgate?
Tal como a subscrição, o resgate pode ser efetuado nas lojas dos CTT ou no portal AforroNet. Pode resgatar parte ou a totalidade do montante investido em Certificados de Aforro. No entanto, só o poderá fazer após o primeiro pagamento de juros, ou seja, no fim de três meses. Se não houver resgate antecipado, o reembolso do capital e juros capitalizados ocorre 10 anos depois da subscrição.
Porém, atenção, os resgates de Certificados de Aforro das séries A, B, C e D em numerário, apenas podem ser realizados pelo titular da conta aforro, e até ao limite máximo de 3.000€ por conta aforro e por dia.
Para finalizar, apenas lhe queremos dar uma dica: se tiver que levantar o dinheiro que investiu em Certificados de Aforro, opte por pedir o reembolso dos mais recentes, (excluindo os emitidos nos últimos 3 meses, que ainda não podem ser movimentados). Isto porque ao resgatar os mais recentes, garante que o total do seu investimento em Certificados de Aforro estará a rentabilizar às taxas mais altas possíveis, maximizando assim os seus ganhos.
Vantagens: por que deve investir em Certificados de Aforro?
Segurança
Uma das suas principais vantagens e motivos para subscrição é a segurança que oferecem. Tem a garantia da totalidade do capital investido e do rendimento obtido. Afinal corresponde à dívida pública emitida e garantida pelo Estado Português e não é expectável que o Estado vá à falência.
Liquidez
Se quiser vender os seus Certificados de Aforro e recuperar o capital investido tem essa garantia também. Terá apenas que esperar 3 meses após a subscrição. Após esse primeiro trimestre tem a possibilidade e facilidade de poder sempre resgatar o seu dinheiro. Por exemplo, se surgirem imprevistos, terá disponível uma almofada financeira.
Montante de subscrição baixo e isenção de custos e comissões
Os Certificados de Aforro podem ser subscritos com apenas 100 euros. Além disso estão totalmente isentos de custos ou comissões. A isenção de custos aplica-se quer na compra, durante o período que mantiver os Certificados de Aforro, quer no resgate antecipado ou vencimento.
Com todas estas facilidades já são poucas as desculpas para não por as suas poupanças a render e o seu dinheiro a trabalhar para si.
Simule e saiba quanto pode ganhar
Simulador de Certificados de Aforro (Série E)
Resumo do Investimento
Your service request has been completed!
We have sent your request information to your email.Artigo originalmente publicado em 2019. Última atualização em junho de 2023.