Será que é possível indicar ao certo o ponto do termómetro que indica que a sobrevivência humana está definitivamente em risco? Ou saber qual a temperatura máxima que o corpo humano suporta?
A verdade é que nos dias que correm, estas são questões que têm vindo a passar por todas as nossas mentes. Não fossem as estações cada vez mais incertas e as crises climáticas mais frequentes.
Mas quando se fala da tolerância dos seres humanos às temperaturas altas e ao calor, não nos referimos apenas à temperatura do ar. Também a humidade é um fator-chave que faz parte desta questão.
Por isso mesmo, não é possível indicar a temperatura exata do termómetro a partir do qual a nossa sobrevivência fica em risco. Aliás, para que seja possível termos uma noção dessa mesma temperatura, os próprios cientistas utilizam como medida a temperatura de bulbo húmido. Ficou interessado? Nós explicamos tudo.
Qual é a temperatura máxima que o corpo humano suporta?
Se também reflete bastante sobre as questões climáticas, provavelmente já se debateu com esta questão: “qual será a temperatura máxima que o corpo humano suporta?”. Como referimos, não perecem existir valores exatos. Porque no fundo, tudo depende de uma série de fatores.
Para além da temperatura do ar, a humidade também tem aqui um papel fundamental, bem como a resistência de cada um que pode mudar dependendo da idade, das características de cada pessoa e o estado de saúde.
Sabe quando os cientistas se referem a um tipo de medida diferente daquela que conhecemos, como a temperatura de bulbo húmido? Pois bem, é normal referirem este termo quando nos questionamos sobre até que ponto poderá ser suportável para os seres humanos uma onda de calor, por exemplo.
E, na verdade, não é nada mais do que a medição do calor feita através do bulbo (que é a ponta do termómetro) molhado. Por sua vez, o valor que estiver indicado é uma estimativa do calor que sentimos quando a nossa pele está suada e bastante exposta à circulação do ar.
Mas então como funciona o corpo humano sobre o efeito do calor?
O nosso corpo está programado para se manter em bom funcionamento num determinado intervalo térmico. Ora, se a temperatura subir subitamente, a transpiração funciona como um mecanismo normal para regular a o calor sentido pelo corpo.
Neste sentido, o suor que produzimos acaba por ser como um processo biológico. Ou seja, algo natural em nós que permite que os tecidos (a pele) sejam arrefecidos.
No entanto, este tipo de função para regular a temperatura do corpo humano só funciona até um certo ponto. Uma vez que assistimos cada vez com mais frequência às temperaturas do globo a disparar, as vagas de calor são cada vez mais intensas e frequentes – algo que pode causar ainda mais mortes por hipertermia, por exemplo.
As ondas de calor e as crises climáticas: qual a previsão para o futuro?
Não há dúvidas de que as mudanças climáticas são uma questão bastante séria e complexa que pode ser influenciada por processos naturais, atividades humanas e outras variáveis. E as previsões indicam que as ondas de calor se vão tornar cada vez mais intensas e prolongadas num futuro próximo.
As crises climáticas a que observamos com frequência como secas, inundações, tsunamis ou sismos até, são situações que se prevê que venham a acontecer também com frequência. E a verdade é que todas estas mudanças podem ter realmente impactos negativos nas economias, nos ecossistemas e nas comunidades em todo o mundo.
Na Europa, por exemplo, assistimos atualmente a uma das maiores ondas de calor jamais assistidas. Aliás, as Nações Unidas já avisaram a sociedade que o pior está longe de ter passado e que esta onde de calor que atinge a Europa ainda se pode intensificar.
Como consequência destas ondas de calor extremas, pode aumentar o número de ataques cardíacos. Por isso mesmo, há que ter cuidado e seguir as recomendações nos dias de maior calor a fim de prevenir condições de saúde graves.
4 dicas para se manter hidratado nos dias em que as temperaturas sobem
Beba muita água
É crucial beber água ao longo de todo o ano, mas nos dias em que está mais calor torna-se quase numa obrigação para que o nosso organismo se sinta bem e saudável. Saia de casa com uma garrafa reutilizável e vá enchendo ao longo do dia.
Leve fruta cortada para o trabalho
As frutas como a melancia, o melão e a meloa ajudam a manter a hidratação do seu corpo e sabem muito bem quando os termómetros sobem, uma vez que são fresquinhas. As uvas, os pêssegos, as laranjas e as ameixas também são ótimas opções.
Se fizer exercício físico, beba o dobro da água
Se gosta de praticar exercício físico, certifique-se de beber o dobro da água que ingeria num dia normal. Garanta que não se sentirá mal nos treinos e mantenha o seu organismo hidratado.
Refresque-se
Não consegue manter a casa fresca? Nos dias mais quentes em que o calor se torna quase insuportável e nem as ventoinhas ajudam, opte por ir passando água fresca na cara e nos braços. Se estiver na praia, pode até refrescar-se com a água do mar. o importante é ajudar o corpo a arrefecer.