Pedro Martins
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27 Set, 2018 - 12:00

O que não fazer para aumentar a fiabilidade do seu carro? 9 dicas simples

Pedro Martins

Quer aumentar a fiabilidade do seu automóvel? Temos uma lista de coisas que não deve fazer para ajudar o seu carro a ir mais longe e durante mais tempo.

O que não fazer para aumentar a fiabilidade do seu carro? 9 dicas simples

Aumentar a fiabilidade do carro que conduzimos diariamente é uma preocupação natural, sobretudo se não andarmos a trocar de carro de dois em dois anos. Mas, apesar da muita informação já existente acerca de automóveis, continuam a persistir erros de utilização e que nem a tecnologia avançada consegue colmatar. Todos os dias assistimos a comportamentos que podem prejudicar, sobretudo a médio e longo prazo, a vida útil do automóvel, e que poderão sair dispendiosos na hora de levar o carro à oficina ou desvalorizar o carro na altura de o trocar.

Se é daquelas pessoas que entra no carro de manhã e sai à pressa com acelerador a fundo, este artigo é para si. Mas se é daquelas que ficam dez minutos à espera que o motor aqueça, estes conselhos do que não fazer para aumentar a fiabilidade do carro também são para si.

O que não fazer para aumentar a fiabilidade do seu carro

O que fazer quando o carro não pega? Teste estas dicas

1. Dar à chave a arrancar

Esta é uma questão que ainda divide opiniões e suscita comportamentos muito diferentes. Dar à chave (hoje em dia é mais carregar no botão) e sair de imediato com pressa para o trabalho ou deixar os miúdos na escola são situações habituais e que, com o tempo, prejudicarão a vida do motor, uma vez que as peças não estão à temperatura ótima de funcionamento.

Com a tecnologia existente, ficar parado dez minutos à espera que o motor aqueça, como era habitual há 20 anos, também é um erro, e mais comum do que se possa pensar. Nos automóveis modernos, podemos fazer-nos à estrada no minuto seguinte ao início do arranque do motor.

Nos primeiros minutos não devemos exigir muito do acelerador, de forma a que todas as peças alcancem a temperatura ideal de funcionamento. Se ficar parado à espera, vai demorar mais tempo, gastar mais combustível e com maior emissão de gases poluentes.

2. Acelerar para aquecer o motor

Este ponto está relacionado com o anterior e, apesar de não ser tão habitual como o primeiro, é verdade que ainda assistimos a pessoas que têm o carro parado e aceleram o motor para que aqueça. Isto vai provocar mais desgaste nas peças do motor, que ainda estão frias e não preparadas para rotações elevadas. Maior consumo de combustível e mais gases poluentes são outra das consequências.

Não esqueçamos que a eficiência nos consumos e no funcionamento dos componentes de filtragem de gases está relacionada com a temperatura de funcionamento da mecânica, que deve estar no nível ideal para que todo o sistema seja eficaz. Acelerar o motor a frio não vai aumentar a fiabilidade da mecânica.

3. Andar demasiado… devagar

Sim, andar sempre muito devagar é uma das coisas que não deve fazer se quer melhorar a fiabilidade e vida útil do motor do seu carro. Os motores têm uma faixa de utilização ideal que varia conforme diversos fatores mas que, em termos gerais e com a tecnologia existente, podemos apontar para o intervalo entre as 1.500 rpm e as 3.000 rpm, sobretudo no caso dos motores Diesel, sendo que aumenta um pouco mais nos gasolina.

Da mesma forma que não é benéfico conduzir sempre com “a faca nos dentes” e com o ponteiro sempre próximo do redline, circular abaixo do regime ideal de funcionamento coloca o motor em “esforço” para vencer os pontos mortos entre as peças e inércia existente a regimes demasiado baixos. Além disso, conduzir demasiado devagar provoca maior acumulação de resíduos na mecânica.

4. Depósito na reserva

Por falar em resíduos, este é um ponto importante e que pode ajudar a evitar uma ida à oficina por maus motivos. Andar na estrada frequentemente com o depósito de combustível nos níveis mais baixos da reserva, fará com que as impurezas acumuladas no fundo do depósito sejam levadas para o sistema de injeção de combustível.

Se isto acontecer de forma repetida, pode significar entupimento no filtro de combustível, problemas na bomba de combustível ou, um dos danos mais temidos pelos custos que implica, obstrução dos injetores. Andar com a reserva de combustível em baixo, é outra das situações a evitar e que pode ajudar a aumentar a fiabilidade do seu carro.

5. Não cumprir intervalos de manutenção

Esta é uma situação mais habitual do que se possa pensar e que tem influência na saúde do motor e desempenho do automóvel. Se é comum dizer “cá se fazem, cá se pagam” relativamente aos erros cometidos na saúde das pessoas, em relação aos automóveis, e salvaguardando as devidas distâncias, devemos ter alguns cuidados para garantir que a vida útil do motor e segurança do carro seja prolongados.

Filtros, lubrificantes, peças de desgaste como pastilhas de travão ou correias, todos têm os seus prazos-limite de utilização e períodos de desempenho ótimo. Por isso, é de todo aconselhável cumprir com os intervalos de manutenção preconizados pelo construtor, de forma a não ter surpresas com custos redobrados ou ficar na estrada a meio da viagem. Além disso, um livro de manutenção com carimbos a tempo e horas, é meio caminho andado para facilitar a venda ou troca do seu veículo posteriormente.

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6. Desligar o motor no fim da viagem

Terminou a viagem e não ficou na estrada por desleixo na manutenção do seu automóvel? Ótimo! Mas não desligue já o motor… sobretudo se for um propulsor turbocomprimido. Nas viagens mais longas ou em utilização intensa ou desportiva, os turbos atingem elevadas rotações e temperaturas. Se desligar o motor assim que terminar essa viagem, o turbo vai continuar a funcionar mas sem lubrificação, prejudicando a longo prazo o seu estado. Se puder, mantenha o carro ligado pelo menos um ou dois minutos.

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7. Não tirar o pé da embraiagem

Este é um caso clássico: conduzir com o pé apoiado no pedal da embraiagem ou fazer má utilização do mesmo no momento de trocar de mudanças. A embraiagem desgasta-se mais rapidamente se deixarmos o pé descansar em cima do pedal ou se não o pressionarmos até ao fim e largarmos por completo na troca de mudanças.

8. Não tirar o pé do travão

Não é tão recorrente como deixar o pé em cima do pedal da embraiagem mas o abuso do pedal do travão é muito evidente em condutores que não estão habituados a circular em descidas. Para poupar as pastilhas e discos de travão, pode-se engrenar mudanças acima para travar o andamento com o efeito travão-motor.

Esta é uma técnica aconselhada em descidas íngremes para que o sistema de travagem não aqueça demasiado, com o consequente aumento das distâncias e diminuindo a segurança. Outra vantagem é uma fatura de revisão mais fácil de pagar, uma vez que não tem que andar a caminho da oficina para trocar as pastilhas ou discos de travão.

9. Minimizar a importância dos pneus

Como se sabe, os pneus são o único órgão de contacto direto entre automóvel e asfalto. Portanto, a sua manutenção é extremamente importante, começando pela pressão. Vigie a pressão dos pneus pelo menos uma vez por mês. Inspecione a estrutura para confirmar que a borracha tem condições de manter o seu automóvel em segurança. Se tiver dúvidas, dirija-se a uma oficina especializada.

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