Share the post "8 conselhos para quem acede a contas bancárias no telemóvel"
O uso dos telemóveis entrou de tal forma na nossa rotina que, muitas vezes, nem pensamos bem se o que estamos a fazer é seguro. Este problema assume uma maior gravidade em alguns contextos, e por esse motivo se tornam tão importantes os conselhos para quem acede a contas bancárias no telemóvel.
É fundamental que os utilizadores tenham consciência das vulnerabilidades destes dispositivos e saibam evitar as fraudes.
Antes de começarmos, saiba que o ideal é não utilizar o telemóvel para aceder às contas bancárias. Pense que este é um dispositivo muito fácil de perder ou de ser roubado, e que os sistemas operativos móveis não são propriamente conhecidos pela resistência aos ataques.
Assim, sempre que puder, prefira um computador ou, melhor ainda, uma caixa multibanco.
Contas bancárias no telemóvel: 9 regras de segurança
Dê preferência às redes seguras
Não é a mesma coisa usar a Internet através da rede de casa ou através de uma rede pública disponível num café. As redes de internet têm graus de segurança diferentes e, quanto mais utilizadores permitirem, mais provável é que estejam a ser vigiadas por alguém mal intencionado.
A utilização de redes de Internet seguras está entre os conselhos para quem acede a contas bancárias no telemóvel porque, através delas, é relativamente fácil monitorizar a atividade dos dispositivos conectados.
Com algum conhecimento técnico, qualquer pessoa pode ver o que o seu telemóvel está a fazer online e, pior, pode recolher a informação que insere no teclado.
Se pensarmos que o acesso a um banco dá nas vistas (porque o endereço da página é muito óbvio), aceder à conta bancária quando está ligado a uma rede pública é quase como guardar as ovelhas ao lado da raposa. Pode não acontecer nada, mas está a facilitar!
Use sempre a app do banco
Outro dos conselhos para quem acede a contas bancárias no telemóvel é usar sempre a app oficial do banco, em vez de visitar a página da internet através do browser.
O motivo é simples: por serem construídas pelos bancos propositadamente para aquele fim – e porque, antes de serem disponibilizadas ao público, tiveram de cumprir um conjunto de regras de segurança -, as aplicações bancárias têm estruturas encriptadas e mais fortes do que os navegadores normais que todos temos nos telemóveis.
É preciso admitir que um perito em segurança informática lhe diria que nem mesmo a app oficial do seu banco é 100% segura, mas, em comparação com um navegador normal, fica muito à frente na competição de segurança.
Não guarde informação de contas bancárias no telemóvel
Este está no conjunto de conselhos para quem acede a contas bancárias no telemóvel, mas é válido até para quem não usa o telemóvel para ver os movimentos da conta: nunca, nunca, nunca guarde informação confidencial no telefone.
Pode ser o PIN do cartão de débito, pode ser o número de contrato, pode ser o IBAN. Tudo isto é informação sensível e pode ser usada contra si se for combinada com os elementos certos. Arranje alternativas: um papel, a memória, o que quiser. O que importa é que o seu telemóvel não guarde estas informações.
Instale um antivírus
Já muitas marcas disponibilizam antivírus para telemóveis, por isso não há desculpa: siga os nossos conselhos para quem acede a contas bancárias no telemóvel e instale o programa de proteção mais forte que puder.
Mais uma vez, não podemos dizer-lhe que está 100% seguro (quem está, hoje em dia?), mas está certamente mais protegido do que a maioria dos utilizadores comuns – o que certamente o levará para trás na fila de vítimas de ataques informáticos.
Ative o bloqueio de ecrã
Acredite ou não, bastam uns segundos para “entregar” um telefone desbloqueado a um ladrão. Só precisa de ter o sistema de bloqueio de ecrã desativado ou mais lento: nos segundos de intervalo entre o momento em que pousa o telemóvel na mesa e ele bloqueia, qualquer pessoa mal intencionada pode pegar e levar.
Assim, o nosso conselho é que não só mantenha o sistema de bloqueio do ecrã ativo como se certifique que só pousa o telemóvel depois de ele bloquear.
Mantenha as apps atualizadas
Mesmo que use a app do banco, todos os conselhos para quem acede a contas bancárias no telemóvel passam por manter as aplicações atualizadas. Além de melhorias de usabilidade e correção de bugs, as atualizações trazem quase sempre melhorias de segurança, pelo que deve instalá-las o quanto antes.
Lembre-se que a maioria das melhorias de segurança surgem na sequência da deteção de vulnerabilidades, o que quer dizer que, quando as atualizações são lançadas, já existe um vírus ou malware a tentar atacar o seu sistema.
Mantenha-se em contacto com o banco
Ninguém sabe mais sobre segurança dos dados bancários do que os próprios bancos. Se algo lhe parecer estranho na sua aplicação ou no site que normalmente usa para aceder à conta, pare imediatamente a utilização e entre em contacto com o banco para confirmar se está tudo bem.
Também não faz mal nenhum se, de vez em quando, confirmar com o banco o registo de acessos online à sua conta – assim, se alguma app estiver a ver o que não devia, o banco vai dizer-lhe.
Tenha cuidado com as permissões se acede a contas bancárias no telemóvel
Sempre que instala uma aplicação no telemóvel – mesmo que seja um jogo ou outra coisa aparentemente inofensiva – o sistema pede-lhe para dar permissões ao novo programa.
Estas permissões podem ir do acesso à sua lista de contactos até ao acesso aos registos de navegação e de atividades de outras apps, e é aqui que tem de ter os olhos bem abertos: nunca dê a uma aplicação permissões para algo cuja finalidade não entende.
O perigo aqui é o de espionagem: há aplicações que, depois de instaladas, conseguem ver o seu ecrã e monitorizar o que está a fazer. Se usar o telemóvel para aceder à conta bancária… já está a ver o que acontece, não já?
Os telemóveis são, de facto, ferramentas inegavelmente úteis, mas também podem representar uma ameaça à nossa segurança se não estivermos atentos. Tenha cuidado com o que faz e, sobretudo, com o que autoriza – é que depois de autorizar o acesso à informação dificilmente pode queixar-se de ter sido roubado.
Artigo originalmente publicado em julho de 2019. Última atualização em abril de 2023.