Poupar ou pagar dívidas? Muitas vezes não é vantajoso liquidar dívidas. Mas, em boa verdade, é essencial saber poupar. Convém ter sempre em atenção o que deve e o que tem.
Analisar a sua conta bancária, as poupanças que realizou (caso tenha sido possível) e as dívidas que ainda não pagou, são matérias essenciais. Definir projetos para os próximos anos e esquematizar financeiramente esses objetivos é uma ótima ideia. Faça orçamentos.
Ajuda a planear o pagamento de dívidas e a libertar montantes para poupar. Mas ainda não lhe respondemos à questão essencial.
Poupar ou pagar dívidas?
O E-Konomista deixa-lhe agora 5 conselhos para o ajudar nesta equação, mas fica já com a dica que o ideal é poupar e evitar as dívidas.
Cartão de crédito
A utilização do cartão de crédito deve ser muito rigorosa. O ideal será mesmo esquecer que tem um cartão de crédito. Não estará a poupar, mas está certamente a evitar gastar e, dessa forma, não paga juros pelos seus consumos.
Tem dívidas recorrentes do uso do cartão de crédito? Neste caso, o conselho é claro: pague. É certo que terá um acréscimo de juros pela amortização da dívida do cartão de crédito, mas ainda assim compensa.
Na equação ‘Poupar ou pagar dívidas’ lembre-se: nenhum banco lhe dará um juro superior por ter essa poupança. E, já sabe: use o cartão de crédito em consciência.
Poupar para emergências
É muito importante ter uma política de poupança. Pode surgir uma emergência e precisar de dinheiro.
Uma boa forma de encher o mealheiro é colocar 10% do seu salário mensal numa conta a prazo. É verdade que os juros não são atrativos, mas tem sempre algum dinheiro guardado para qualquer eventualidade.
Também pode começar a pensar na sua reforma e subscrever um dos múltiplos instrumentos financeiros de poupança. Neste caso, pode contar com alguns benefícios fiscais.
Crédito à habitação
É um crédito a que muito poucos escapam. Vamos supor que deve ao banco um determinado valor pela aquisição da sua casa e que está a pensar em pagar uma parte ou até amortizar o total da dívida.
Em primeiro lugar, é importante que tenha em conta o juro que está a pagar por essa dívida. Se o juro que está a pagar é menor do que o que a banca oferece por produtos financeiros de poupança ou investimento então o melhor é manter a dívida. O dinheiro irá render mais se o aplicar num produto financeiro cujo juro é superior ao que paga pela casa.
Lembre-se que também existem deduções fiscais pela compra de casa.
Se o spread é elevado, talvez valha a pena amortizar o crédito habitação. Neste caso, tem de fazer todas as contas e estar a par das condições que a banca oferece.
Poupar ou pagar dívidas? Manter a hipoteca da casa é, na maioria dos casos, a melhor solução.
Priorize pagamentos
Tem várias dívidas. Comprou carro, casa, móveis, utilizou o cartão de crédito numas férias… Há que organizar essas dívidas e decidir quais serão as primeiras a desaparecer, isto é, a pagar. Priorize!
As que têm juros mais elevados devem ser priorizadas. Afinal, está a pagar muito caro o dinheiro emprestado.
Caso a situação esteja a ficar difícil, o ideal é ir conversar com o seu gestor de conta. Negociar a junção dos créditos pode permitir-lhe obter uma taxa de juro mais vantajosa e, também, prolongar o pagamento. Vale sempre a pena tentar renegociar.
Procure ajuda
A sua situação financeira está descontrolada. O montante de dívidas já é superior ao seu rendimento. A sua equação já não é poupar ou pagar dívidas. Já só pensa nas dívidas.
Calma!
A crise económica, o desemprego, o acesso fácil ao crédito conduziram muitas pessoas e famílias a situações extremamente difíceis. Nestes casos, o melhor conselho que se pode dar é: procure ajuda.
Um especialista financeiro, uma associação de defesa dos consumidores, o seu gestor de conta podem ajudá-lo. Estude as possibilidades que lhe oferecem e veja as que lhe são mais favoráveis.
Veja também:
- Tipos de dívidas
- Como acabar com as dívidas
- 5 livros que tem de ler para dominar o seu dinheiro
- Como escolher o melhor cartão de crédito
- Dinheiro: quanto poupar para ter 1 milhão?